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Megabarragem de R$ 26 bilhões que pode controlar o fluxo do Nilo Azul acende alerta e preocupa Egito e Sudão

Por Felipe Dantas
02/dez/2025
Em Geral
Megabarragem de R$ 26 bilhões que pode controlar o fluxo do Nilo Azul acende alerta e preocupa Egito e Sudão

Grande barragem

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A megabarragem da Etiópia, conhecida como Grande Barragem da Renascença Etíope, tornou-se um dos temas centrais nas discussões sobre água, energia e segurança no nordeste da África. Localizada no Nilo Azul, perto da fronteira com o Sudão, começa a operar em plena capacidade em meio ao aumento da demanda hídrica, crescimento populacional acelerado e impactos da crise climática, sendo vista por Adis Abeba como peça-chave para o desenvolvimento nacional e regional.

Qual a importância da megabarragem da Etiópia para o país?

A Grande Barragem da Renascença Etíope é o maior projeto hidrelétrico do continente africano, com cerca de 1.800 metros de largura e 145 metros de altura, segurando um reservatório de até 74 bilhões de metros cúbicos de água. A usina deve produzir mais de 5 mil megawatts (MW), o que pode praticamente dobrar a capacidade de geração de energia da Etiópia e alterar o mapa energético do continente.

Para um país com cerca de 135 milhões de habitantes, metade ainda sem fornecimento confiável de eletricidade, a megabarragem representa uma mudança estrutural na redução da pobreza energética. Ao ampliar a oferta de energia limpa e relativamente barata, o governo busca substituir o uso de madeira e carvão, diminuir emissões, fortalecer a base industrial e ampliar a integração com vizinhos por meio da exportação de eletricidade. Veja os detalhes desta obra:

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CategoriaCaracterísticas
Tipo / Estrutura– Barragem de gravidade, construída em concreto compactado por rolagem (RCC — roller-compacted concrete) Extensão do topo (crest): ~ 1.780 metros (≈ 1,78 km) Altura da barragem principal: ~ 145 metros acima do leito do rio. Algumas fontes mencionam projeção de até ~ 175 metros desde a fundação. Volume de concreto da barragem principal: cerca de 10 a 10,2 milhões de m³.
Barragem auxiliar (Saddle Dam)– Há uma barragem auxiliar (rock-fill / aterro), desenhada para complementar o represamento onde o terreno cede. Comprimento: entre ~ 4,8 km e ~ 5,2 km, conforme a fonte. Altura: entre ~ 45 m e ~ 50 m.
Reservatório / Capacidade de armazenamento– Capacidade máxima: ~ 74 bilhões de metros cúbicos (≈ 74 km³) de água. Área da superfície do reservatório, em nível cheio: ~ 1.874 km². Armazenamento utilizável (“live storage”): ~ 59,2 km³ — isto é, a parte do volume que pode ser usada para geração de energia. Armazenamento “inativo” / morto (abaixo dos níveis operacionais das turbinas): ~ 14,8 km³.
Geração de energia– Capacidade instalada de geração: ~ 5.150 megawatts (MW) — embora algumas fontes anteriores previam ~ 6.000 MW. Geração anual estimada: ~ 15.760 gigawatt-hora (GWh/ano).Turbinas: múltiplas unidades do tipo Francis; há casas de força (powerhouses) nas duas margens do rio.
Spillways / Sistema de descarga / Segurança hídrica– Possui um sistema de três desaguadouros (spillways) para controlar fluxo e enchentes.Spillway principal: com comportas (six radial gates), projetado para vazão até ~ 14.700 m³/s em eventos de cheia máxima provável. Spillway auxiliar livre (ungated), no centro da barragem, com capacidade de descarregar ~ 2.800 m³/s se o reservatório estiver cheio e a vazão exceder a capacidade das comportas. Spillway de emergência na saddle dam (barragem auxiliar), para casos extremos de enchente ou excesso de água — pensado para proteger a estrutura em situações extremas.
Localização / Contexto geográfico– Situada sobre o rio Blue Nile (Nilo Azul), na região de Benishangul‑Gumuz Region, no oeste da Etiópia, não muito distante da fronteira com o Sudão. A construção começou em 2011.

Como a megabarragem reforça a inserção regional da Etiópia?

A Etiópia enxerga a Grande Barragem da Renascença como instrumento de liderança econômica e política no Chifre da África. Contratos de exportação de eletricidade já foram assinados com Quênia, Sudão e Djibuti, e negociações com outros países vizinhos estão em andamento, sob coordenação técnica da estatal Ethiopian Electric Power.

Com maior capacidade de geração, o país pretende se tornar um hub energético africano, gerando divisas e apoiando projetos de integração promovidos pela União Africana. Esse protagonismo, porém, também aumenta responsabilidades em termos de transparência, partilha de dados hidrológicos e cooperação com Estados a jusante do Nilo.

Qual a preocupação de Egito e Sudão com a megabarragem?

O Nilo Azul é um dos principais afluentes do Nilo e tem papel central no abastecimento de água do Sudão e do Egito, regiões já sob forte estresse hídrico. Egito e Sudão consideram as decisões etíopes sobre construção, enchimento e operação como unilaterais, defendendo que qualquer grande intervenção em um rio transfronteiriço deve ser coordenada entre todos os países da bacia.

No Sudão, situado apenas 15 quilômetros a jusante da barragem, milhões de pessoas dependem do rio para água potável e irrigação em meio a guerra civil, crise humanitária e avanço da desertificação. Mais ao norte, o Egito, que obtém cerca de 90% de sua água do Nilo, teme que a falta de um acordo juridicamente vinculativo crie precedentes para futuros projetos que possam reduzir sua segurança hídrica.

Grande Barragem da Renascença Etíope – Foto: Prime Minister Office Ethiopia/Wikimedia Commons

Quais os impactos da obra para países vizinhos?

Pesquisadores indicam que os impactos dependerão diretamente de como a barragem será administrada e de quão bem coordenada será a operação com Sudão e Egito. Do ponto de vista hidrológico, a geração de energia não consome água, já que, após passar pelas turbinas, o volume segue rio abaixo, o que pode ser compatível com a manutenção de usos agrícolas e urbanos a jusante.

Para o Sudão, a regulação de cheias pode reduzir enchentes históricas e proteger áreas ribeirinhas, embora falhas técnicas ou liberações descoordenadas representem riscos severos. Diante disso, especialistas defendem a criação de mecanismos conjuntos de gestão, baseados em dados compartilhados em tempo real, planos de emergência e regras claras de operação cooperativa.

Quais os principais pontos que Egito e Sudão querem ver em um acordo?

Desde 2011, Egito e Sudão pedem um acordo legalmente vinculante que defina parâmetros claros para o enchimento e a operação da Grande Barragem da Renascença, incluindo situações de seca extrema. A ideia é reduzir incertezas, evitar decisões unilaterais e criar instrumentos de confiança mútua que possam ser aplicados a futuros projetos no Nilo.

  • Velocidade de enchimento do reservatório e limites mínimos de vazão liberada;
  • Coordenação operacional em períodos de secas e cheias, com planejamento antecipado;
  • Padrões de segurança, manutenção e monitoramento técnico da barragem;
  • Troca contínua de dados hidrológicos e protocolos de alerta rápido;
  • Mecanismos de resolução de disputas e instâncias de mediação regional.

Quais os desafios futuros na gestão da Grande Barragem da Renascença?

A megabarragem é vista por especialistas como o início de um novo ciclo de disputas e cooperação possíveis na Bacia do Nilo, em um contexto de crise climática e aumento da demanda por água e energia. A Etiópia estuda novos projetos hidrelétricos no Nilo Azul e avalia ampliar áreas de irrigação a montante, o que pode alterar ainda mais a dinâmica de fluxo rumo ao Sudão e ao Egito.

Combinando expansão agrícola, urbanização e maior variabilidade climática, a pressão sobre os recursos hídricos compartilhados tende a se intensificar nas próximas décadas. A forma como Etiópia, Sudão e Egito negociarão regras, compartilharão dados e planejarão o uso conjunto do Nilo será determinante para a estabilidade regional e para que a barragem seja percebida mais como símbolo de desenvolvimento do que de vulnerabilidade. Veja imagens da obra no vídeo divulgado pelo perfil Geografia News via Instagram:

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Uma publicação compartilhada por Geografia News (@geografianews)

FAQ sobre a Grande Barragem da Renascença

  • Quanta energia a Grande Barragem da Renascença pode gerar? A usina está projetada para produzir mais de 5 mil megawatts de eletricidade, o que representa um salto significativo na capacidade energética da Etiópia e abre espaço para exportação para países vizinhos.
  • O reservatório da megabarragem da Etiópia já está cheio? O enchimento começou de forma gradual nos últimos anos, mas ajustar o nível ideal do reservatório é um processo contínuo, influenciado por chuvas, demandas internas de energia e negociações com países a jusante.
  • Quem financiou a Grande Barragem da Renascença Etíope? A maior parte do financiamento veio de fontes internas etíopes, incluindo títulos públicos e contribuições domésticas, como forma de reforçar o caráter nacional do projeto.
  • A megabarragem pode ser usada para irrigação em larga escala na Etiópia? Embora o objetivo principal seja a geração de energia, o governo etíope estuda projetos de irrigação a montante, o que pode aumentar a sensibilidade das negociações com Egito e Sudão sobre o uso da água do Nilo Azul.
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