Bolsonaro.Créditos: depositphotos.com / thenews2.com
No dia 16 de março de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro reuniu apoiadores na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, em um evento que se estendeu ao longo do dia. O ato ocorreu em meio à expectativa pela análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o chamado “Núcleo 1”, grupo que inclui Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado. Durante sua fala, Bolsonaro destacou seu amor pelo Brasil e afirmou que não pretende deixar o país.
O evento, que contou com a presença de vários políticos e figuras públicas, reforçou o movimento pró-anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Com a recente condenação de mais 63 pessoas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o número de sentenciados já alcança 480. Bolsonaro, em seu discurso, criticou o governo Lula e o ministro Alexandre de Moraes, além de contestar pontos da denúncia feita pela PGR.
Qual é o foco da manifestação de Bolsonaro?
A manifestação em Copacabana teve como foco principal a defesa da anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Bolsonaro e seus aliados usaram o evento para criticar as ações do STF e do governo atual, além de destacar o que consideram ser perseguições políticas. O ex-presidente também mencionou a situação dos brasileiros que, segundo ele, se tornaram refugiados devido a essas perseguições.
O ato contou com a presença de diversos políticos, incluindo governadores, senadores e deputados federais, que subiram ao trio elétrico para discursar. Entre os presentes estavam figuras como Cláudio Castro, Tarcísio de Freitas e Valdemar Costa Neto, além de apoiadores do meio evangélico, como o pastor Silas Malafaia.
O que está em jogo com a denúncia contra Bolsonaro?
A denúncia contra Bolsonaro e outros cinco investigados do “Núcleo 1” será analisada pela 1ª Turma do STF em sessões marcadas para os dias 25 e 26 de março. A decisão não determinará a culpa ou inocência dos envolvidos, mas sim se a denúncia será aceita, o que transformaria os investigados em réus. A expectativa é que a denúncia seja aceita, o que intensifica a tensão política em torno do caso.
Além de Bolsonaro, a denúncia inclui nomes como Alexandre Ramagem, Almir Garnier e Anderson Torres. A análise será conduzida por ministros como Alexandre de Moraes e Luiz Fux, e é aguardada com grande expectativa por seus desdobramentos políticos e jurídicos.

Quais são as implicações políticas do ato em Copacabana?
O ato em Copacabana não apenas reforça o apoio a Bolsonaro, mas também destaca a polarização política no Brasil. A defesa da anistia e as críticas ao STF e ao governo Lula evidenciam as divisões existentes no cenário político nacional. Além disso, a presença de figuras políticas influentes e a tentativa de chamar a atenção de autoridades estrangeiras, como dos Estados Unidos, mostram a dimensão internacional que o movimento busca alcançar.
O evento também ressalta a estratégia de Bolsonaro e seus aliados de manter a base mobilizada e pressionar por mudanças políticas que favoreçam seus interesses. A continuidade dessas manifestações pode influenciar o cenário político brasileiro nos próximos anos, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando.