Na tarde desta quarta-feira (21/2), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi intimada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no plenário da Câmara. A entrega do documento foi realizada por um oficial de Justiça, um dia após a parlamentar anunciar, em uma coletiva de imprensa, ter obtido mais de 100 assinaturas para um pedido de impeachment do presidente Lula.
“Será coincidência? Um dia depois. Tá aqui o presentinho do STF”, afirmou Zambelli ao assinar o recebimento da intimação.
O timing da entrega do documento também gerou protestos de outros deputados da oposição. Rodolfo Nogueira (PL-MS) classificou a situação como “absurda”.
“Uma deputada federal intimada dentro da Câmara Federal. É o fim da picada. No momento em que coletava assinaturas do impeachment”, disse Nogueira, dando o tom de perseguição política.
Apesar da reclamação apresentada, a coluna de Paulo Cappelli/Metrópoles descobriu que a intimação foi despachada pelo ministro Gilmar Mendes em 14 de fevereiro, antes das declarações de Lula sobre Israel que levaram ao pedido de impeachment liderado por Zambelli.
No documento, o ministro do STF ordena que a deputada forneça esclarecimentos no contexto do processo que determinará se Zambelli cometeu porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com o uso de arma de fogo, no incidente ocorrido em outubro de 2022, em São Paulo.
Gilmar Mendes atua como relator do mencionado processo penal e solicitou uma resposta da defesa após a acusação apresentada pela Procuradoria-Geral da República.
Com informações de Metrópoles/Paulo Cappelli