O controle da alimentação é um dos pilares fundamentais para quem convive com o diabetes. Diversos especialistas em endocrinologia e nutrição alertam sobre a importância de escolhas alimentares conscientes, já que determinados alimentos podem impactar diretamente os níveis de glicose no sangue. Entre os principais vilões apontados por profissionais da saúde, destaca-se o açúcar refinado, frequentemente presente em produtos industrializados e sobremesas.
O açúcar refinado, ao ser ingerido, é rapidamente absorvido pelo organismo. Isso leva a um aumento abrupto nos níveis de glicose no sangue, o que pode ser especialmente perigoso para pessoas com diabetes, pois o corpo tem dificuldade em produzir ou utilizar insulina de forma eficiente para controlar esses picos. Esse descontrole pode causar hiperglicemia, aumentar o risco de complicações, como danos nos vasos sanguíneos e nervos, e prejudicar o manejo da doença a longo prazo. Por isso, atenção especial deve ser dada ao consumo de açúcar refinado no dia a dia do diabético.
O consumo excessivo de açúcar está associado ao aumento rápido da glicemia, o que pode dificultar o controle do diabetes e elevar o risco de complicações a longo prazo. Por isso, compreender quais alimentos devem ser evitados e adotar estratégias para uma alimentação equilibrada são atitudes essenciais para manter a saúde em dia.
Por que o açúcar é considerado o pior alimento para quem tem diabetes?

O açúcar refinado é rapidamente absorvido pelo organismo, provocando picos de glicose no sangue. Esse efeito é especialmente prejudicial para pessoas com diabetes, pois o corpo já apresenta dificuldades em regular a quantidade de açúcar circulante. Alimentos como refrigerantes, doces, bolos e biscoitos recheados contêm altas concentrações desse ingrediente, tornando-se opções pouco recomendadas para quem busca estabilidade glicêmica.
Além disso, o consumo frequente de açúcar pode contribuir para o desenvolvimento de resistência à insulina, agravando ainda mais o quadro do diabetes tipo 2. Por esse motivo, especialistas recomendam a leitura atenta dos rótulos e a preferência por alimentos naturais, com baixo teor de açúcares adicionados.
- Insulina e Glicose: A insulina é um hormônio responsável por permitir que a glicose entre nas células para ser usada como energia. Em pessoas com diabetes:
- Tipo 1: O pâncreas não produz insulina ou produz muito pouca.
- Tipo 2: O corpo não utiliza a insulina de forma eficaz (resistência à insulina) ou não produz insulina suficiente.
- Impacto do Açúcar Simples: Quando uma pessoa com diabetes consome açúcar simples (presente em doces, refrigerantes, sucos açucarados, etc.), a glicose é rapidamente absorvida para a corrente sanguínea. Sem insulina suficiente ou com resistência à insulina, essa glicose não consegue entrar nas células de forma eficiente, resultando em:
- Hiperglicemia: Níveis muito altos de açúcar no sangue. A hiperglicemia crônica é extremamente prejudicial, causando danos aos vasos sanguíneos e nervos ao longo do tempo, o que pode levar a complicações graves como:
- Doenças cardíacas e AVC (acidente vascular cerebral)
- Problemas renais (nefropatia diabética)
- Problemas oculares (retinopatia diabética, catarata, glaucoma)
- Danos nos nervos (neuropatia diabética), que podem causar formigamento, dor e perda de sensibilidade, especialmente nos pés.
- Dificuldade de cicatrização de feridas e maior risco de infecções.
- Hiperglicemia: Níveis muito altos de açúcar no sangue. A hiperglicemia crônica é extremamente prejudicial, causando danos aos vasos sanguíneos e nervos ao longo do tempo, o que pode levar a complicações graves como:
- Açúcar e Obesidade: O consumo excessivo de açúcar também contribui para o ganho de peso e a obesidade, que são fatores de risco significativos para o desenvolvimento e agravamento do diabetes tipo 2.
Quais alternativas saudáveis podem substituir o açúcar?
Para reduzir o impacto do açúcar na alimentação, existem diversas opções que podem ser incorporadas ao dia a dia. O uso de adoçantes naturais, como stevia e xilitol, é uma alternativa bastante utilizada por pessoas com diabetes. Além disso, frutas frescas, quando consumidas com moderação, podem satisfazer a vontade de doces sem provocar grandes alterações na glicemia.
- Stevia: Adoçante natural, sem calorias e com baixo impacto glicêmico.
- Xilitol: Possui sabor semelhante ao açúcar, mas não eleva a glicose de forma significativa.
- Eritritol: Outra opção de adoçante natural, bem tolerada pelo organismo.
- Frutas in natura: Fontes de fibras e nutrientes, desde que consumidas em porções adequadas.
É importante lembrar que, mesmo com substitutos, o consumo deve ser moderado e sempre orientado por um profissional de saúde, para garantir o equilíbrio nutricional.
Como montar uma alimentação saudável para quem tem diabetes?

Adotar uma alimentação equilibrada é fundamental para o controle do diabetes. O ideal é priorizar alimentos ricos em fibras, como vegetais, legumes, grãos integrais e leguminosas, pois ajudam a retardar a absorção dos carboidratos e a manter a glicemia estável. Além disso, é recomendado evitar produtos ultraprocessados, que costumam conter grandes quantidades de açúcares ocultos e gorduras saturadas.
- Inclua verduras e legumes em todas as refeições.
- Prefira cereais integrais, como arroz integral e aveia.
- Consuma proteínas magras, como peixe, frango sem pele e ovos.
- Evite bebidas açucaradas, optando por água, chás e sucos naturais sem adição de açúcar.
- Faça refeições em horários regulares para evitar picos de fome e descontrole glicêmico.
Além da alimentação, a prática regular de atividade física e o acompanhamento médico são fundamentais para o manejo adequado do diabetes.
Quais cuidados extras podem ajudar no controle do diabetes?
Além de evitar o açúcar e manter uma alimentação balanceada, outros cuidados podem contribuir para a saúde de quem tem diabetes. Monitorar a glicemia regularmente, manter o peso corporal adequado e realizar exames periódicos são atitudes que auxiliam na prevenção de complicações. O acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, nutricionistas e educadores físicos, é essencial para um tratamento eficaz.
Em 2025, novas pesquisas continuam apontando a importância de escolhas alimentares conscientes para a qualidade de vida de pessoas com diabetes. O conhecimento sobre os alimentos e a atenção aos detalhes da dieta são aliados valiosos no controle da doença e na promoção do bem-estar.