Incomodado com a postura do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), nas tratativas em busca de uma aliança com o PL para as eleições de 2024, o vereador carioca Carlos Bolsonaro usou uma rede social para criticar o emedebista.
Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Carlos já havia acusado o prefeito de São Paulo, na quinta-feira, de querer “nadar no dinheiro do partido do (ex-)presidente”, e voltou à carga neste sábado ironizando a movimentação de Nunes, que tenta se posicionar como um candidato centrista, mas com apoio da direita e do bolsonarismo.
Nunes entrou na mira do núcleo bolsonarista após declarar que não tem “proximidade” com Bolsonaro, no início desta semana.
“A estratégia ‘usar o Bozo’ está sendo desmascarada”, escreveu Carlos na rede social X (ex-Twitter).
A manifestação de Carlos ocorreu em resposta a uma notícia, publicada pelo portal Metrópoles, sobre um plano do MDB de usar a ex-senadora Simone Tebet como cabo eleitoral de Nunes na eleição de 2024. Tebet é a atual ministra do Planejamento do governo Lula (PT).
Um dos articuladores da aliança entre Bolsonaro e Nunes na capital paulista, o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, cobrou publicamente o prefeito de São Paulo a deixar claro seu alinhamento ao ex-presidente, caso espere apoio do PL.
Wajngarten se manifestou primeiro através de uma indireta a Nunes, na última quarta-feira, ao escrever na rede social X que “ninguém se apropriará de votos bolsonaristas e deixará Bolsonaro distante”.
No dia seguinte, em resposta a uma publicação na rede que tratava a estratégia de Nunes como “manter Bolsonaro perto, mas longe”, Wajngarten foi ainda mais enfático:
“Nao será admito (sic) nada nem perto disso. Podem ficar tranquilos e em paz. A era dos gafanhotos acabou”, escreveu o aliado de Bolsonaro.
Segundo o colunista do GLOBO Lauro Jardim, as declarações recentes de Nunes foram mal recebidas pelo próprio Bolsonaro, que passou a avaliar a hipótese de lançar um candidato do PL à prefeitura de São Paulo em 2024. Até então, a articulação do PL envolvia o apoio a Nunes com a indicação do vice em sua chapa, que seria chancelada pelo ex-presidente.
Créditos: O Globo.