O Banco Central do Brasil iniciou uma nova etapa no aprimoramento do sistema de pagamentos instantâneos, o PIX, com inovações que buscam aumentar a segurança e a eficácia na devolução de valores em casos de fraude. Desde o lançamento, o PIX revolucionou as transações financeiras no país, mas a elevação dos golpes digitais tornou necessário implementar medidas adicionais de proteção aos usuários.
Como funcionará a devolução digital no Pix?
Desde o dia 1º de outubro, entrou em vigor um novo recurso: a devolução digital dos recursos. Esse avanço permite que os próprios usuários contestem transações diretamente nos aplicativos das instituições financeiras, tornando o processo mais acessível e eficiente.
Com isso, o processo de bloqueio dos valores poderá ser acionado de maneira muito mais rápida, dificultando que os fraudadores consigam transferir os valores antes do bloqueio.
O que é o Mecanismo Especial de Devolução (MED) e como ele rastreia transações?
O Mecanismo Especial de Devolução (MED) é uma ferramenta aprimorada que permite rastrear valores desviados de forma mais rigorosa. O MED não se limita apenas à conta que originou a fraude, mas acompanha todas as contas intermediárias que receberam parcelas desses valores.
Esse recurso se destaca especialmente em fraudes complexas, onde criminosos tentam dispersar o dinheiro rapidamente para dificultar o rastreamento. Para tornar o processo ainda mais robusto, usuários poderão contar com recursos avançados oferecidos pelo MED:
- Rastreamento de múltiplas contas envolvidas na fraude
- Bloqueio ágil dos valores identificados como suspeitos
- Agilidade no suporte para contestação de transações
Por que as mudanças no Pix vão beneficiar os usuários?
Entre os benefícios das novas regras está o tempo máximo para a devolução dos valores, estabelecido em até 11 dias após a contestação. Esta medida aumenta a proteção e a confiança dos usuários durante as transações digitais.
Mesmo em situações em que os criminosos atuam rapidamente, esse prazo oferece um mecanismo de resposta eficiente que visa minimizar os prejuízos. Os principais pontos dessas mudanças incluem:
- Contestações realizadas diretamente no aplicativo do banco
- Prazo de devolução garantido de até 11 dias após a reclamação
Como as instituições financeiras podem se preparar para as novas regras do Pix?
As instituições financeiras precisam adequar seus sistemas para atender às novas exigências do Banco Central. Até 23 de novembro de 2025, a adesão ao novo MED é facultativa, tornando-se obrigatória a partir de 2 de fevereiro de 2026.
Para ajudar os bancos nesse processo, há uma série de ações recomendadas para garantir uma adaptação eficiente:
- Ajuste dos sistemas de segurança para resposta imediata
- Integração das funcionalidades do MED para rastreamento completo
- Capacitação das equipes para identificar e agir frente a fraudes
Quais são os impactos esperados no futuro com as novas medidas de segurança?
Essas mudanças estabelecem um padrão mais elevado de segurança e eficiência para o PIX. O Banco Central reforça não só a integridade do sistema financeiro, mas também incentiva a confiança e o uso cada vez maior de pagamentos instantâneos.
A resposta rápida a fraudes, aliada à inovação, garante que os brasileiros possam utilizar o PIX com mais tranquilidade. Espera-se, assim, um sistema de pagamentos mais seguro, ágil e eficiente para todos os usuários do Brasil.
