O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrentou uma emergência médica nesta terça-feira (16/9), sendo levado ao Hospital DF Star em Brasília. De acordo com informações divulgadas, Bolsonaro apresentou um quadro de mal-estar, vomitou e sofreu queda de pressão arterial, o que exigiu atenção médica imediata. O senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-mandatário, confirmou o ocorrido, mencionando que a esposa de Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o acompanhava no momento da emergência.
Essa não foi a primeira visita de Bolsonaro a uma unidade de saúde recentemente. Apenas alguns dias antes, ele havia deixado sua residência, onde cumpre prisão domiciliar, para realizar exames médicos complementares. A decisão sobre seu deslocamento, naquela ocasião, contou com autorização do ministro Alexandre de Moraes, uma exigência devido à sua condição de prisão domiciliar.
Por que Bolsonaro foi levado ao hospital?
Presidente Bolsonaro sentiu-se mal há pouco, com crise forte de soluço, vômito e pressão baixa.
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) September 16, 2025
Encaminhou-se ao DF Star acompanhado de policiais penais que vigiam sua casa, em Brasília, por se tratar de uma emergência.
Peço a oração de todos para que não seja nada grave.
Segundo o médico Claudio Birolini, responsável pela equipe médica de Bolsonaro, a ida ao hospital foi motivada por uma necessidade de avaliação clínica e realização de exames terapêuticos. Na nota oficial divulgada, Birolini afirmou que Bolsonaro teve um episódio de pré-síncope, queda da pressão arterial e vômitos, justificando assim a necessidade de atendimento emergencial.
Em relação ao histórico médico, é importante destacar que Bolsonaro sofre de crises frequentes de soluços, uma condição que o acomete desde que foi atacado com uma faca durante a campanha de 2018. Esse quadro de saúde tem impactado a capacidade do ex-presidente de se comunicar, uma vez que os soluços frequentes o impedem de falar e, em alguns casos, provocam vômito.
“Ele passou mal, foi uma emergência, está com a Michelle (Bolsonaro). O quadro já apresentado antes: soluços e vômitos. Dessa vez, ainda estava com queda de pressão. Policiais o acompanharam.”, disse Flávio Bolsonaro
Como foi a logística de segurança durante o atendimento?
No dia do ocorrido, a segurança em torno do ex-presidente foi rigidamente controlada. A sua saída para atendimento no domingo anterior havia sido cercada por um forte esquema de segurança, com escolta policial e verificação cuidadosa das pessoas ao redor, inclusive varreduras nas imediações do hospital. Para a emergência desta terça-feira, porém, ele não precisou de autorização prévia para deixar a residência, considerando-se que a situação envolveu um risco imediato à saúde.
As medidas de segurança incluíram uma escolta policial que acompanhou Bolsonaro até o hospital. Apesar da tensão do momento, o ex-presidente foi visto deixando o hospital pela porta da frente após receber alta médica, tendo sido ovacionado por apoiadores que entoaram gritos de apoio e o hino nacional.
Quais os impactos do estado de saúde de Bolsonaro juridicamente?

A situação de saúde do ex-presidente por sua vez poderá influenciar nos processos legais em curso. A defesa de Bolsonaro estuda a possibilidade de solicitar que ele cumpra a pena de tentativa de golpe, pela qual foi condenado a 27 anos, preferencialmente em regime domiciliar. O pedido, segundo seus advogados, será considerado após a publicação do acórdão do julgamento recente.
Nesse sentido, o estado de saúde de Bolsonaro é um ponto crucial, já que complicações como as que ele vem apresentando podem tornar inviável o cumprimento de pena em regime fechado. A defesa deve argumentar que as condições médicas do ex-presidente são suficientemente graves para justificar um regime de prisão alternativo.
- Hospitalizações frequentes: Bolsonaro foi internado em 16 de setembro devido a sintomas como vômitos, baixa pressão arterial e crise de soluços. Esse episódio se soma a outras internações recentes, incluindo uma cirurgia intestinal em abril e remoção de lesões cutâneas em setembro. Sua equipe médica de São Paulo foi deslocada para acompanhá-lo em Brasília.
- Notificação ao STF: De acordo com decisão do ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro deve informar o Supremo Tribunal Federal sobre seu estado de saúde em até 24 horas após qualquer atendimento médico.
- Impacto nas medidas cautelares: A defesa pode utilizar seu quadro de saúde como argumento para solicitar a manutenção da prisão domiciliar, evitando a prisão em regime fechado. Contudo, a decisão final cabe ao STF, que ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
- Repercussões políticas e internacionais: A condenação de Bolsonaro, somada ao seu estado de saúde, tem gerado tensões políticas no Brasil. Aliados políticos buscam alternativas legais, como uma possível anistia, enquanto o governo dos EUA expressa críticas, considerando a situação uma “caça às bruxas”.
Quais os próximos passos?
A saúde do ex-presidente continua a ser um tema de interesse nacional, capturando a atenção tanto de apoiadores quanto de opositores políticos. A saída de Bolsonaro para tratamento médico ocorre num contexto sensível, considerando sua recente condenação e sua posição politicamente relevante no cenário nacional. Movimentos de em apoio ao ex-presidente têm se intensificado, o que sugere um clima de tensão política crescente.
Os próximos passos dependerão, em grande parte, de como a situação médica e legal de Bolsonaro se desenrolam. Os apoiadores esperam que o estado de saúde contribua para uma flexibilização nas condições de sua prisão, enquanto seus adversários mantêm a vigilância sobre os desdobramentos dos processos judiciais.

FAQ sobre Bolsonaro
- Quais são as condições médicas que Bolsonaro tem enfrentado? Ele tem enfrentado problemas de saúde relacionados a complicações pré-existentes e episódios recentes de mal-estar que exigiram atenção médica.
- Bolsonaro ainda cumpre prisão domiciliar? Sim, ele permanece em regime de prisão domiciliar.
- O que foi necessário para a ida emergencial do ex-presidente ao hospital? A ida foi motivada por um quadro súbito de mal-estar que exigiu atendimento médico imediato.
- Como os apoiadores de Bolsonaro têm reagido a esses eventos recentes? Os apoiadores demonstram preocupação, solidariedade e mobilização nas redes sociais, reforçando mensagens de apoio ao ex-presidente.