O falecimento de Susanne Bial, mãe do jornalista e apresentador Pedro Bial, marca o encerramento de uma trajetória notável. Ela morreu nesta sexta-feira (4/7), apenas um dia após completar 101 anos de idade. A notícia mobilizou a atenção de admiradores e colegas, especialmente por conta da ampla contribuição de Susanne à área da psicanálise no Brasil, além de sua ligação profunda com a família e o legado cultural.
Susanne Bial nasceu em Berlim, em 1924, e migrou para o Brasil, onde construiu uma vida dedicada ao estudo da mente humana. O reconhecimento por sua longevidade e atividade intelectual permaneceu em evidência até seus últimos dias. Em publicações nas redes sociais, Pedro Bial relembrou o percurso da mãe, destacando a intensidade com que viveu e as marcas deixadas por sua personalidade vibrante e dedicação à escuta e ao acolhimento.
Quem foi Susanne Bial?
Dentre suas grandes conquistas, Susanne se destacou como psicanalista, área na qual atuou por décadas. A formação acadêmica e a prática clínica permitiram que influenciasse diversas gerações, tanto de colegas quanto de pacientes. Além da atuação profissional, Susanne Bial tornou-se referência para as mulheres migrantes que buscaram reconstruir suas vidas em solo brasileiro no século XX.
Além da carreira, a vida de Susanne foi retratada por seu neto, o estudante de cinema José Bial. Ele dirigiu um documentário chamado “Oma”, lançado no Globoplay em comemoração ao centenário de Susanne. O termo “Oma” significa “avó” em alemão, evidenciando o vínculo estreito entre as gerações da família Bial e a preservação das origens germânicas mesmo após a migração.
- Nascimento e Origem: Susanne Bial nasceu em Berlim, na Alemanha, em 3 de julho de 1924.
- Profissão: No Brasil, ela construiu sua carreira como psicanalista.
- Família:
- Foi casada com o também alemão Pedro Hans Israel Bial, já falecido, que também imigrou para o Brasil.
- É mãe do conhecido jornalista e apresentador Pedro Bial, do treinador de basquete Alberto Bial e da psicoterapeuta Irene Bial.
- Vida Pessoal: Apesar de ser mãe de uma figura pública, Susanne não era uma pessoa que buscava os holofotes. Sua vida, no entanto, foi descrita por Pedro Bial como “vividíssima, de muita luta, muita alegria, muito prazer, encontro e escuta”.
- Homenagem em Documentário: Sua história de vida foi tema do documentário “Oma” (que significa “avó” em alemão), produzido por seu neto José Bial, filho de Pedro Bial. O documentário foi lançado no Globoplay em homenagem aos seus 100 anos de vida.
Como a mãe de Pedro Bial se destacou na comunidade?
O impacto familiar de Susanne Bial é evidente, sobretudo nas declarações públicas de Pedro Bial. Em uma rara aparição na televisão em 2023, Susanne homenageou o filho após ele assumir o comando do programa Linha Direta. Mesmo com idade avançada, ela se manteve participativa e demonstrou orgulho pela trajetória do apresentador. Suas palavras foram marcadas pelo incentivo ao aperfeiçoamento constante, pela admiração à dedicação profissional e pelo carinho maternal inabalável.
Fora do círculo familiar, Susanne também inspirou amigos, alunos e personalidades. Após seu falecimento, uma série de nomes conhecidos enviou mensagens de conforto a Pedro Bial através das redes sociais. Entre eles, figuras como Fátima Bernardes, Eliana, Angélica, Leo Jaime e Tata Werneck, refletindo a relevância e o carinho conquistados ao longo de sua vida. O alcance dessas manifestações revela a dimensão da presença de Susanne na sociedade brasileira e no meio artístico e cultural.
Como é o documentário “Oma” sobre Susanne Bial?
Lançado em 2024, o curta-metragem “Oma” proporciona um olhar sensível sobre as memórias e experiências de Susanne Bial. Dirigido por José Bial, neto da homenageada, o documentário utiliza depoimentos, imagens de arquivo e relatos familiares para reconstruir a trajetória pessoal e profissional de Susanne. O filme enfatiza a influência dela enquanto avó, mãe e psicanalista, bem como a sua capacidade de adaptação em contexto de migração.
O documentário conta também como Susanne enfrentou desafios no processo de integração no Brasil após deixar a Alemanha. Pessoas próximas relatam a importância de suas histórias de vida, destacando superação, resiliência e valorização da cultura. A obra foi disponibilizada no catálogo do Globoplay, ampliando o acesso do público às reflexões sobre a construção da identidade familiar e o papel das mulheres migrantes na história do país.
A trajetória de Susanne Bial permanece como inspiração para profissionais da saúde mental e para todos que se debruçam sobre a compreensão do ser humano. Sua contribuição está registrada tanto em sua atuação clínica quanto no incentivo à reflexão sobre processos migratórios, envelhecimento e relações familiares. O legado de Susanne amplia o debate sobre a importância do acolhimento, da escuta e do diálogo, valores celebrados por familiares e admiradores.
- Psicanalista influente
- Migrante de destaque no século XX
- Personalidade que inspirou obras audiovisuais
- Referência para debates sobre longevidade e integração cultural
Com uma história marcada por superação, dedicação à profissão e profunda conexão com a família, Susanne Bial deixa lições valiosas sobre resistência, humanidade e a relevância do cuidado em todas as fases da vida.
