A habilidade de identificar pessoas falsas no TDAH, segundo Dr. Jonathan Orlandi, revela um olhar atento a padrões sutis de comportamento. Neste artigo, descubra como essa percepção funciona, as situações em que falha e o que diz a ciência.
Jonathan Orlandi é neuropsicólogo (CRP 08/33309), especialista em Neurociência e Psicopatologia, formado na Universidade Positivo, com especialização na PUC‑PR e PUC‑RS. Nos seus perfis do Instagram (@psi.jonathanorlandi, com mais de 280 mil seguidores) e Threads, ele compartilha dicas sobre TDAH e bem-estar neurodivergente .
Qualidade como observação aguçada pode soar como trama de super-herói, mas aqui é pura experiência real. Vamos entender isso juntos?

O que faz pessoas com TDAH perceberem “gente mau caráter” tão rápido?
Dr. Jonathan lembra que o TDAH traz percepção aguçada de rostos, vozes e comportamentos, resultado de anos de alertas internos. TDAHs “reparam em tudo: cabelo, unha, vestimenta, entonação ou a energia que a pessoa transmite”. Isso faz com que sintam uma “vibe pesada” quando entram em ambientes tóxicos, quase como uma antecipação do risco.
Não é um dom místico ou sexto sentido: é memória de padrões. Sabemos que padrões emocionais antigos disparam o sistema de alerta, e isso ajuda a perceber sinais de comportamentos nocivos antes de outras pessoas, baseando-se no que já vivemos antes.
Essa explicação é sustentada por estudos sobre o TDAH que mostram hipersensibilidade a estímulos socioemocionais e maior atenção ao detalhe, especialmente em contextos de alerta ou ameaça emocional.
Por que a palavra-chave “habilidade de identificar pessoas falsas no TDAH” é tão importante?
O termo habilidade de identificar pessoas falsas no TDAH reflete exatamente o tema principal tratado por Dr. Jonathan. Essa capacidade de detecção, baseada em reparar padrões sutis de comportamentos, é o diferencial que ele destaca no vídeo e na prática clínica. Usar essa expressão ajuda pessoas com TDAH a encontrar conteúdo relevante que ressoe com suas experiências.
Leitores que buscam isso encontram conexão imediata com o relato do especialista e entendem que isso tem base clínica, não é apenas sensação.
Quando essa “intuição” falha no TDAH?
Segundo o especialista, a única circunstância que enfraquece essa percepção é quando estamos apaixonados. Nesse estado, a emoção suprime o sistema de alerta: “nós realmente queremos acreditar naquilo que estamos sentindo e não no que vemos”.
Isso está alinhado com estudos da psicologia emocional que indicam que o amor ativa o sistema de recompensa, reduzindo a ativação da amígdala associada à avaliação de ameaça, prejudicando a atenção a sinais de alerta interpessoais.
Ou seja: nosso cérebro prioriza o desejo emocional sobre a lógica perceptiva. E esse tema emocional merece uma conversa à parte — como Jonathan promete em vídeos futuros.
Qual curiosidade sobre o Dr. Jonathan ou o tema chamou atenção?
Mesmo sendo neurodivergente e vivenciando desafios práticos do TDAH como procrastinação e impulsividade, Jonathan se especializou em neurociência, psicopatologia e terapia baseada em evidência. Essa combinação de experiência pessoal e formação sólida torna seu conteúdo rico, acessível e confiável.
No Instagram, ele frequentemente afirma: “Como psicólogo e TDAH, eu vivo as mesmas dificuldades que muitos de vocês”. Isso humaniza o olhar profissional e cria uma relação de acolhimento com quem o acompanha.
Quais são os impactos dessa percepção na convivência?
Ter essa sensibilidade pode proteger de relações tóxicas, mas também trazer falsos positivos — quando se sai do modo de alerta emocional, ainda mais se a pessoa estiver semelhando sinais já vividos.
A ciência dica: pessoas com TDAH apresentam maior sensibilidade emocional e interpretam expressões faciais mais rapidamente, mas também têm tendência a acreditar que percebem ameaças onde não há — um viés de viés de confirmação. Por isso, combinar essa intuição com diálogo claro, calma e reflexão pode equilibrar os benefícios de uma percepção fina sem se perder em inseguranças.
Fontes oficiais
- Ministério da Saúde: define o TDAH como transtorno neurobiológico com aspectos cognitivos, emocionais e de atenção — justificando a forma como nosso cérebro processa sinais sociais (https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-mental-e-atividades-planos/tdah).
- Organização Mundial da Saúde (OMS): reconhece hipersensibilidade emocional e dificuldade de regulação como marcadores do TDAH adult0 (https://www.who.int/publications/i/item/9789240039404).
Esses documentos oficiais confirmam que a busca por padrões é real e integrada ao funcionamento neurológico de pessoas com TDAH, reforçando a plausibilidade do que o Dr. Jonathan explica.