O diagnóstico de diabetes tipo 1 em crianças representa um desafio significativo para as famílias, exigindo adaptações constantes na rotina e atenção redobrada à saúde. Desde 2022, Leo, filho do cantor Murilo Huff com Marília Mendonça, convive com essa condição, que demanda monitoramento rigoroso dos níveis de glicose no sangue. A busca por alternativas eficazes para o controle da doença tem levado muitos responsáveis a procurarem tecnologia inovadora, inclusive fora do Brasil.
Recentemente, Murilo Huff compartilhou que trouxe dos Estados Unidos um aparelho especializado para monitorar a glicemia do filho. O equipamento, que funciona como um sensor aplicado no braço, chamou a atenção nas redes sociais ao ser visto em Leo. No Brasil, dispositivos semelhantes estão disponíveis, mas o custo elevado e a necessidade de trocas frequentes tornam o acesso restrito para muitas famílias.
Como funciona o sensor utilizado por Leo?
O sensor importado por Murilo Huff é um exemplo de tecnologia avançada para o controle do diabetes tipo 1. Esse tipo de aparelho realiza medições contínuas da glicose, transmitindo informações em tempo real para um aplicativo ou dispositivo leitor. Assim, é possível acompanhar as variações glicêmicas ao longo do dia, facilitando ajustes na alimentação e na administração de insulina.
No Brasil, opções similares estão disponíveis, porém, apresentam limitações quanto à durabilidade e custo. Os sensores nacionais costumam durar cerca de 15 dias e têm preço médio entre R$ 250 e R$ 330. Isso significa que, em um mês, o paciente pode precisar de pelo menos dois sensores, elevando o valor do tratamento. Já o equipamento trazido dos Estados Unidos oferece maior eficiência e pode apresentar vantagens em termos de precisão e conforto.
- Pequeno dispositivo na pele: O sensor é um pequeno aparelho, geralmente do tamanho de uma moeda, que é inserido na pele, normalmente na parte de trás do braço ou no abdômen. Ele possui um filamento muito fino que fica no líquido intersticial (o líquido entre as células).
- Medição contínua da glicose: Ao contrário das picadas no dedo para medir a glicose no sangue, o sensor mede os níveis de glicose no líquido intersticial de forma contínua, a cada minuto.
- Transmissão de dados: As informações coletadas pelo sensor são transmitidas para um leitor digital ou para um aplicativo no smartphone (como o FreeStyle LibreLink).
- Leitura e tendências: Ao “escanear” o sensor com o leitor ou smartphone, é possível visualizar o nível de glicose no momento, além de um histórico das últimas horas e setas que indicam a tendência (se a glicose está subindo, descendo ou estável). Isso permite que pais e cuidadores, como a avó de Leo, acompanhem as variações da glicose e tomem decisões mais informadas sobre a alimentação, atividade física e doses de insulina.
- Aplicativos de compartilhamento: Para facilitar o acompanhamento remoto, existem aplicativos como o LibreLinkUp. Esse aplicativo permite que os usuários do FreeStyle LibreLink compartilhem suas leituras de glicose com até 20 cuidadores ou familiares. Dessa forma, mesmo à distância, é possível monitorar os níveis de glicose do paciente e receber alertas, se necessário.
- Autonomia e qualidade de vida: Essa tecnologia oferece mais autonomia e qualidade de vida para pessoas com diabetes, especialmente crianças, pois reduz a necessidade de picadas frequentes e fornece uma visão mais completa do controle glicêmico ao longo do dia e da noite.
Como crianças com diabetes tipo 1 são impactadas?
O controle do diabetes infantil exige disciplina e atenção diária. As famílias precisam monitorar constantemente a glicemia, ajustar doses de insulina e planejar refeições adequadas. Além disso, é fundamental lidar com situações inesperadas, como hipoglicemias ou hiperglicemias, que podem ocorrer a qualquer momento.
- Monitoramento frequente: Medir a glicose várias vezes ao dia é essencial para evitar complicações.
- Administração de insulina: A aplicação correta da insulina é vital para o controle da doença.
- Planejamento alimentar: Escolher alimentos adequados e controlar a ingestão de carboidratos faz parte da rotina.
- Aspectos emocionais: O impacto psicológico da doença pode afetar tanto a criança quanto os familiares.
Esses desafios tornam a rotina intensa, exigindo apoio multidisciplinar e acesso a recursos tecnológicos que facilitem o acompanhamento da condição.
O uso da tecnologia é limitado no Brasil?

Apesar dos avanços na área da saúde, o acesso a dispositivos modernos para o controle do diabetes tipo 1 ainda é restrito no país. O alto custo dos sensores e a ausência de cobertura por parte de muitos planos de saúde dificultam a aquisição desses equipamentos por grande parte da população. Além disso, a distribuição pelo sistema público de saúde é limitada, o que faz com que famílias busquem alternativas no exterior.
- Preços elevados dos dispositivos importados e nacionais.
- Falta de políticas públicas que garantam a distribuição gratuita dos sensores.
- Desigualdade no acesso à insulina e outros insumos essenciais.
- Pouca divulgação sobre novas tecnologias disponíveis para o tratamento.
A discussão sobre o tema tem ganhado destaque, especialmente quando figuras públicas abordam a questão, trazendo visibilidade para a necessidade de melhorias no atendimento e no acesso a tratamentos modernos.
Como a conscientização pode contribuir para o tratamento do diabetes tipo 1?
O debate sobre o diabetes tipo 1 em crianças e adolescentes é fundamental para ampliar o conhecimento da sociedade sobre a doença. A divulgação de informações corretas, o incentivo à pesquisa e a mobilização de entidades públicas e privadas podem contribuir para a ampliação do acesso a tratamentos inovadores. Além disso, a troca de experiências entre famílias e profissionais de saúde fortalece a rede de apoio, promovendo uma melhor qualidade de vida para quem convive com a condição.
O caso de Leo, filho de Murilo Huff e Marília Mendonça, ilustra a importância de buscar alternativas e de dar visibilidade ao tema. O acesso à tecnologia moderna pode transformar a rotina de quem vive com diabetes tipo 1, tornando o controle da doença mais eficiente e menos invasivo. A expectativa é que, nos próximos anos, mais pessoas possam se beneficiar dessas inovações, tornando o tratamento mais acessível e humanizado.