Durante um discurso em um evento da indústria da construção civil em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a gerar controvérsia com uma declaração envolvendo a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.
Ao relembrar uma conversa que teve com a economista búlgara durante a Cúpula do G7, realizada em maio de 2023, em Hiroshima, no Japão, Lula utilizou um termo considerado machista ao referir-se a ela. O presidente já havia mencionado anteriormente esse encontro como forma de criticar previsões econômicas pessimistas que, segundo ele, não se concretizaram. Desta vez, no entanto, chamou Georgieva de “mulherzinha” ao descrever o que ela teria dito sobre as projeções econômicas do Brasil.
Qual o contexto da fala de Lula?
Lula chama diretora do FMI de mulherzinha e ainda faz deboche.
— Paula Marisa (@profpaulamarisa) April 9, 2025
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Durante o encontro, Georgieva teria mencionado previsões econômicas negativas para o Brasil, estimando um crescimento de apenas 0,8% para o ano de 2023. Lula, no entanto, contestou essas previsões, afirmando que o país superou as expectativas e alcançou um crescimento de 3,2% ao final do ano. Essa discrepância entre previsões e resultados foi usada pelo presidente para criticar analistas econômicos e o mercado financeiro.
As críticas de Lula ao mercado financeiro refletem uma tensão contínua entre o governo e especialistas econômicos. O presidente acusou analistas de errar em suas previsões e de falar negativamente sobre o futuro econômico do Brasil. Essa postura crítica levanta questões sobre a relação entre política e economia e como previsões podem influenciar a percepção pública e as decisões governamentais.
“Eu encontro com uma mulherzinha, sabe, presidenta do FMI, diretora-geral do FMI, nem me conhecia. ‘Presidente Lula, presidente Lula, você sabe que tá difícil a coisa pro Brasil, o Brasil só vai crescer 0,8%’. Eu falei: ‘Você nem me conhece, eu não te conheço, sabe?, como é que você fala que o Brasil vai crescer 0,8%?’”, contou o presidente, desdenhando de Georgieva.
Como as declarações de Lula afetam a diplomacia?
As palavras de Lula não apenas geraram polêmica, mas também levantaram preocupações sobre suas implicações diplomáticas. A forma como líderes se expressam pode impactar relações internacionais e a imagem do país no exterior. O uso de termos considerados desrespeitosos pode prejudicar a diplomacia e dificultar colaborações futuras.
Além disso, a crítica de Lula à presença do então presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Cúpula do G7 em Hiroshima, também chamou atenção. Lula expressou sua oposição à visita de Biden ao local onde os Estados Unidos lançaram a bomba atômica em 1945, ressaltando sua discordância com a postura do líder norte-americano.
Quais são as repercussões futuras para o Brasil?

As declarações de Lula podem ter várias repercussões para o Brasil, tanto internamente quanto no cenário internacional. Internamente, elas podem influenciar a percepção pública sobre a liderança do presidente e sua abordagem em relação a questões econômicas e diplomáticas. Internacionalmente, podem afetar a forma como outros países e organizações veem o Brasil e suas relações com o país.
É importante que líderes políticos considerem o impacto de suas palavras e ações, especialmente em um mundo cada vez mais interconectado. A diplomacia e o respeito nas relações internacionais são fundamentais para a cooperação e o desenvolvimento global.