Investigação contra emissora de rádio e TV foca em notícias e comentários da emissora que abalam a confiança nas instituições e estimulam violência
O Ministério Público Federal (MPF) anunciou, nesta segunda-feira (9), que abriu um inquérito para investigar a rede de rádio e TV Jovem Pan, por suposta “disseminação de conteúdos desinformativos a respeito do funcionamento das instituições brasileiras e com potencial para incitar atos antidemocráticos”.
A decisão de instaurar um inquérito civil foi assinada por Yuri Corrêa da Luz, procurador da República em São Paulo. Leia aqui a íntegra.
A denúncia indica que o MPF vem investigando nos últimos meses o comportamento da emissora e teria detectado a veiculação sistemática de fake news e discursos que atentam contra a ordem institucional, “em um período que coincide com a escalada de movimentos golpistas e violentos em todo o país”.
O inquérito trata inclusive da linha editorial da empresa neste domingo (8), quando bolsonaristas radicais saquearam e depredaram as sedes dos três poderes em Brasília. Durante a cobertura dos atos, comentaristas da Jovem Pan teriam minimizado a ruptura institucional dos atos. Uma fala do comentarista Alexandre Garcia, contratado pela empresa, foi incluído na motivação.
A decisão do MPF dá 15 dias para que a emissora forneça informações detalhadas sobre sua programação e os dados pessoais como CPF dos apresentadores e comentaristas de seus principais programas.
O MPF também proibiu que a empresa apague vídeos no YouTube enquanto durarem as investigações – prática vinha ocorrendo com bastante frequência.
O Antagonista