No dia 23 de outubro, o ex-deputado federal recebeu os agentes com granadas e tiros de fuzil.
A Justiça Federal aceitou denúncia do Ministério Público Federal e tornou, nesta sexta-feira (9), o ex-deputado Roberto Jefferson réu por tentativa de homicídio no ataque que ele promoveu contra policiais federais que foram prendê-lo. Ele também vai responder por outros crimes cometidos naquele dia.
À época, os agentes foram cumprir uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, na casa de Jefferson em Comendador Levy Gasparian, na Região Serrana do Rio.
Roberto Jefferson vai responder por:
- 4 tentativas de homicídio;
- crime de resistência qualificada;
- crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e munição de uso permitido e restrito (dois crimes condensados em um só);
- posse de três granadas adulteradas.
Roberto Jefferson em presídio no Rio — Foto: Montagem/g1
O caso aconteceu no dia 23 de outubro. Na ocasião, Jefferson recebeu os policiais com granadas e relatou em depoimento ter dado mais de 50 tiros de fuzil na direção dos agentes (relembre o ataque mais abaixo).
“Consta nos autos ter sido preso em flagrante, no dia 23 de outubro de 2022, por volta das 19h15, em sua residência localizada em Comendador Levy Gasparian-RJ, o ora denunciado Roberto Jefferson, porque, dolosamente e consciente da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, tentou matar 4 Policiais Federais, com emprego de explosivo e de meio de que resultou perigo comum”, diz trecho da denúncia.
Na sequência, o MPF cita outros qualificadores do suposto crime.
“Usou como meio recurso que dificultou a defesa de autoridade e agentes no exercício da função descritos no artigo 144 da Constituição Federal e com emprego de arma de fogo de uso restrito, cujos resultados (mortes) não se consumaram por circunstâncias alheias à sua vontade”, diz trecho da denúncia.
A denúncia é assinada pelos procuradores da República Charles Stevan da Mota Pessoa e Vanessa Seguezzi.
Jefferson já havia sido indiciado pela PF por 4 tentativas de homicídio.