Produtores de arroz e supermercados tranquilizam a população brasileira, assegurando que não há risco de desabastecimento do grão no país, mesmo diante das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional. A Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul) e a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) reforçam essa garantia.
Para evitar especulações e o aumento da procura por arroz, com consumidores preocupados em estocar o produto, o governo federal tomou medidas. No Diário Oficial da União desta sexta-feira (10), foi publicada uma medida provisória autorizando a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar até 1 milhão de toneladas de arroz beneficiado ou em casca por meio de leilões públicos, com o objetivo de recompor os estoques públicos.
De acordo com a MP, os estoques terão como destino preferencial os pequenos varejistas das regiões metropolitanas, dispensando a utilização de leilões em bolsas de mercadorias ou licitação pública para venda direta.
A expectativa é que, na primeira etapa, sejam adquiridas 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importadas dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia.
A Federarroz informa que a colheita no Rio Grande do Sul já abrange 83% da área prevista para a safra. O produto colhido apresenta boa qualidade e produtividade, garantindo o abastecimento dos brasileiros.
Alexandre Velho, presidente da entidade, destaca que as áreas onde a colheita já foi concluída têm boas médias de produtividade. Mesmo com eventuais dificuldades na colheita do saldo restante, o Rio Grande do Sul está apto a colher uma safra bem acima dos sete milhões de toneladas.
Apesar de um problema momentâneo de logística, principalmente na ligação com o interior do estado, a conexão com os grandes centros, por meio da BR-101, permanece normal. Portanto, não há qualquer problema relacionado ao abastecimento interno, e a importação não é uma necessidade urgente.