A cidade do Recife avança significativamente rumo à modernização de sua infraestrutura urbana com a publicação do edital para a construção da Ponte Cordeiro–Casa Forte. Este marco representa o maior projeto viário do município em mais de 40 anos, prevendo não apenas a ponte, mas também transformações no complexo da III Perimetral. Com financiamento da Caixa Econômica Federal e do FGTS, aliado à contrapartida da Prefeitura, o projeto visa estabelecer uma conexão eficiente entre as zonas Oeste e Norte da cidade.
A nova ponte, com 380 metros de extensão e 11 metros de altura, será um divisor de águas para a mobilidade urbana do Recife. Esta construção permitirá a ligação direta entre a Avenida Caxangá e a Avenida 17 de Agosto, cruzando o Rio Capibaribe. O valor do investimento é expressivo, totalizando R$ 236,4 milhões, dos quais R$ 180 milhões são destinados exclusivamente à construção da ponte e R$ 56,4 milhões às melhorias viárias associadas.
Quais são as características da nova Ponte Cordeiro–Casa Forte?

Projetada para ser uma estrutura moderna e funcional, a Ponte Cordeiro–Casa Forte contará com quatro faixas de rolamento, sendo duas em cada sentido, além de uma ciclovia e calçadas acessíveis. Este projeto destaca-se por adotar o sistema estrutural “extradorso”, que combina o design de ponte estaiada com o modelo em viga. Esta técnica confere leveza à estrutura e evita a necessidade de apoios no leito do rio, proporcionando maior preservação ambiental e mantendo a navegabilidade do Rio Capibaribe.
A construção será coordenada pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB) e espera-se que a obra seja concluída em um prazo de 38 meses. As obras também incluem requalificações significativas da rede viária local, ampliando a conectividade com importantes avenidas e facilitando o deslocamento urbano.
Aspecto | Detalhes |
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Extensão total | 380 metros |
Altura | Aproximadamente 11 metros |
Localização | Liga a Avenida Caxangá à Avenida 17 de Agosto, sobre o Rio Capibaribe |
Tipo estrutural | Ponte estaiada com sistema extradorso |
Faixas de rolamento | 4 (duas em cada sentido) |
Modais contemplados | Veículos, ônibus, pedestres e ciclistas |
Infraestrutura adicional | Ciclovia e calçadas acessíveis |
Tecnologia utilizada | Sistema extradorso para reduzir impactos ambientais e desapropriações |
Prazo de execução | 38 meses |
Investimento total | R$ 236,4 milhões (incluindo requalificação da III Perimetral) |
Objetivo principal | Reduzir o tempo de deslocamento em até 63% e aliviar corredores sobrecarregados |
Quais os impactos esperados para a mobilidade urbana do Recife?
A nova ponte não apenas facilitará a conexão entre importantes vias, como as avenidas Rui Barbosa e Rosa e Silva, mas também complementará o sistema de transportes integrados. Com a inclusão de linhas de ônibus e vias para ciclistas e pedestres, o projeto promove o uso de múltiplos modais de transporte, o que deverá contribuir para a redução do tempo e distância de deslocamento, estimados em até 63% e 57%, respectivamente.
Ademais, a intervenção no complexo viário da III Perimetral também inclui a requalificação de 17 vias, perfazendo um total de 7,3 km de melhorias, dos quais 2 km ainda careciam de pavimentação. Estas intervenções abrangem melhorias de drenagem, iluminação, paisagismo, e a construção de uma ciclofaixa de 1,2 km, além da modernização de abrigos de ônibus, o que reforça a intenção da prefeitura em tornar o transporte público mais eficiente e acessível.
Qual é a importância histórica deste projeto?

A obra tem uma importância histórica significativa, representando um avanço há muito aguardado pela população. Esperada há mais de seis décadas, a construção de uma nova ponte desse porte no Recife visa não apenas melhorar a infraestrutura viária, mas também gerar um impacto duradouro no planejamento urbano da cidade.
Esta nova ponte será quase duas vezes maior do que a Ponte Engenheiro Jaime Gusmão, inaugurada em 2023, reafirmando a intenção do governo municipal de integrar áreas distintas da cidade e aliviar corredores viários saturados.
O Recife vem adotando uma abordagem integrada para o desenvolvimento urbano, combinando a construção de novos corredores viários com a revitalização de espaços públicos e modernização de infraestruturas existentes. A recuperação da Praça Flor de Santana, prevista no projeto, ilustra essa iniciativa, promovendo não apenas melhorias viárias, mas também a revitalização de áreas de convivência para a população.
FAQ sobre a Ponte Cordeiro-Casa Forte
- Por que o sistema estrutural “extradorso” foi escolhido para a ponte? O sistema “extradorso” foi escolhido por sua capacidade de combinar leveza e eficiência estrutural, permitindo a construção acima do rio sem a necessidade de apoios no leito, preservando a navegabilidade e integridade ambiental do Rio Capibaribe.
- Quais medidas ambientais estão sendo tomadas nesta construção? A construção foi projetada para minimizar impactos ambientais, utilizando um design que evita a necessidade de apoios no rio e planejando a obra para reduzir desapropriações e distúrbios nas áreas adjacentes.
- Como a Ponte Cordeiro–Casa Forte melhorará o transporte público no Recife? A ponte integrará diversas linhas de ônibus, calçadas acessíveis e ciclovias, promovendo um sistema de transporte público mais eficiente e multimodal, facilitando o deslocamento de passageiros entre as zonas Norte e Oeste de Recife.