Os direitos trabalhistas Alexandre Ferreira têm sido tema recorrente nas redes sociais do advogado Alexandre Ferreira (OAB/MS 14646), conhecido por explicar de forma simples o que diz a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Com mais de 1,6 milhão de seguidores, TikTok @alexandreferreira_adv e Instagram @alexandreferreira_adv , ele usa sua experiência para esclarecer pontos que ainda geram dúvidas entre empregados e empregadores, reforçando a importância do conhecimento para evitar prejuízos.
Neste artigo, reunimos três informações destacadas pelo especialista e confirmadas em fontes oficiais, como o Ministério do Trabalho e Emprego e o Tribunal Superior do Trabalho (TST). Entender esses pontos é fundamental para garantir o cumprimento da lei, prevenir abusos e, quando necessário, reivindicar direitos de forma segura e respaldada.
Qual é o limite de intervalo para almoço ou jantar segundo a CLT?
A CLT, em seu artigo 71, estabelece que, para jornadas acima de seis horas diárias, o empregado tem direito a um intervalo de no mínimo uma hora e, salvo acordo ou convenção coletiva, no máximo duas horas. Esse período é destinado exclusivamente para repouso ou alimentação, e não integra a jornada de trabalho.
Se o empregador ultrapassar o limite de duas horas sem respaldo em acordo formal, o tempo excedente deve ser pago como hora extra, com o adicional mínimo de 50% sobre a hora normal. Essa medida visa evitar que o empregado fique à disposição da empresa por tempo excessivo sem remuneração correspondente.

O que a lei diz sobre peso máximo para mulheres no trabalho?
O artigo 390 da CLT prevê que empregadas mulheres não podem carregar peso superior a 20 quilos de forma contínua ou 25 quilos de forma ocasional. Essa limitação existe para prevenir problemas de saúde relacionados ao esforço físico excessivo, como lesões musculares e sobrecarga na coluna.
Caso a trabalhadora seja obrigada a ultrapassar esses limites, pode haver direito à indenização ou adicional de insalubridade, dependendo da avaliação técnica e do impacto na saúde. Essa proteção se alinha às normas de segurança do trabalho previstas na NR-17, que trata da ergonomia.
O aviso prévio trabalhado pode ser cumprido em casa?
Não. O aviso prévio trabalhado exige que o empregado compareça ao local de trabalho para cumprir as funções até o término do contrato. A prática de “aviso prévio em casa” não encontra respaldo na CLT e costuma ser interpretada como aviso prévio indenizado, com pagamento correspondente.
Quando o aviso é convertido em indenizado, a empresa deve pagar todas as verbas rescisórias no prazo de até dez dias a contar do término do contrato. Caso esse prazo não seja respeitado, o empregador pode ser condenado a pagar multa equivalente a um salário do empregado, conforme previsto no artigo 477 da CLT.
Por que conhecer esses direitos é tão importante?
Muitos trabalhadores desconhecem que pequenos detalhes da jornada e das condições de trabalho têm amparo legal. Situações como intervalos excessivos, carga física acima do permitido ou cumprimento irregular do aviso prévio podem gerar prejuízos financeiros e comprometer a saúde física e mental.
O conhecimento dessas regras não serve apenas para reivindicar direitos após um problema, mas também para prevenir conflitos. Quando empregador e empregado conhecem seus deveres e limites, o ambiente de trabalho tende a ser mais equilibrado e produtivo.

Onde encontrar respaldo oficial para essas informações?
Todas as informações apresentadas por Alexandre Ferreira e verificadas neste artigo estão previstas na CLT e em portais oficiais. O artigo 71 regula os intervalos intrajornada, o artigo 390 define limites para peso no trabalho feminino, e o artigo 477 trata dos prazos e multas na rescisão contratual.
As orientações detalhadas podem ser consultadas diretamente no site do Ministério do Trabalho e Emprego (www.gov.br/trabalho) e no Portal do Tribunal Superior do Trabalho (www.tst.jus.br). Essas fontes asseguram que o trabalhador tenha acesso à legislação atualizada e de fácil interpretação.
Quais lições tirar para o dia a dia profissional?
Ao compreender pontos-chave como o limite do intervalo, o peso máximo para transporte e as regras do aviso prévio, o trabalhador fortalece sua capacidade de negociação e defesa. Essas regras não são meros detalhes burocráticos: elas impactam diretamente a remuneração, a saúde e a segurança de quem está no mercado de trabalho.
Por isso, é essencial que cada empregado conheça seus direitos e acompanhe fontes confiáveis, como o conteúdo de especialistas e órgãos oficiais. Informação é a principal ferramenta para manter relações de trabalho mais justas e equilibradas.
Fontes oficiais:
- Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) — https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
- Ministério do Trabalho e Emprego — https://www.gov.br/trabalho
- Tribunal Superior do Trabalho (TST) — https://www.tst.jus.br