Na manhã desta segunda-feira (23/6), uma equipe de busca e salvamento confirmou ter localizado a turista brasileira Juliana Marins, que estava desaparecida após sofrer uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, situado na Ilha de Lombok, Indonésia. O caso mobilizou autoridades locais e familiares, que acompanharam de perto as operações de resgate desde o início do incidente.
Segundo informações do Escritório de Busca e Salvamento de Mataram, Juliana foi encontrada a cerca de 500 metros do ponto onde teria ocorrido a queda. O trabalho das equipes foi dificultado pelas condições adversas do terreno e pela presença de neblina, fatores que aumentaram o desafio das operações no Parque Nacional Gunung Rinjani.
Como foi localizado o paradeiro de Juliana Marins?
🚨 TRISTE DESFECHO | O Parque Nacional do Monte Rinjani informou que Juliana Marins foi encontrada “sem sinais de movimento”.
— Dennys Deeh (@DennysDeeh_) June 23, 2025
Ela estava presa a um paredão rochoso, a cerca de 500 metros de profundidade, localizada por um drone às 6h30 (hora local).
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A busca pela turista brasileira envolveu o uso de tecnologia avançada, incluindo drones equipados com câmeras térmicas. Esses equipamentos permitiram identificar a localização de Juliana mesmo em áreas de difícil acesso e com visibilidade reduzida. De acordo com o comunicado oficial do parque, a vítima foi visualizada por meio do monitoramento térmico, o que possibilitou direcionar as equipes de resgate até o local exato.
Apesar da localização, o resgate de Juliana Marins exigiu cautela devido à profundidade do local da queda e à instabilidade do terreno. As equipes permaneceram em alerta, adaptando as estratégias conforme as condições climáticas e geográficas apresentavam novos desafios ao longo do dia.
Quais desafios as equipes de resgate enfrentaram no Monte Rinjani?
O Monte Rinjani é conhecido por sua topografia acidentada e trilhas que exigem experiência dos visitantes. Durante a operação, os profissionais de busca e salvamento relataram dificuldades causadas pelo terreno íngreme, neblina densa e mudanças repentinas no clima. Esses fatores limitaram o acesso ao local do acidente e atrasaram as tentativas de resgate.
- Terreno íngreme: A região apresenta desníveis acentuados, dificultando a movimentação das equipes.
- Neblina: A visibilidade reduzida comprometeu a eficácia das buscas visuais.
- Condições climáticas: Chuvas e ventos fortes interromperam parte das operações, exigindo pausas estratégicas.
Além disso, o uso de drones foi fundamental para superar algumas dessas barreiras, permitindo o monitoramento em áreas de risco elevado para os socorristas.
Como está o processo de resgate da brasileira?

Durante o processo de busca, familiares de Juliana Marins mantiveram contato constante com as autoridades indonésias e compartilharam atualizações por meio de redes sociais. Uma página criada pela família divulgou que dois alpinistas experientes estavam a caminho do local para auxiliar nas operações, reforçando o esforço conjunto entre profissionais locais e especialistas em escalada.
Esse apoio adicional foi considerado estratégico, já que a experiência desses alpinistas poderia contribuir para o acesso a áreas de difícil alcance e para a segurança das equipes envolvidas. A colaboração entre diferentes grupos foi destacada como essencial para o andamento do resgate, especialmente diante das condições adversas encontradas no Monte Rinjani.
- Suspensões Repetidas: O resgate foi suspenso múltiplas vezes, a última delas pela terceira vez, principalmente devido às condições climáticas adversas, como forte neblina, ventos intensos e chuva, que prejudicam a visibilidade e tornam o terreno escorregadio.
- Dificuldade do Terreno: A queda ocorreu em uma região remota e de difícil acesso, a cerca de quatro horas de distância do centro urbano mais próximo. Juliana deslizou por aproximadamente 300 metros da trilha principal, em um local íngreme e com terreno arenoso.
- Condição da Vítima: Relatos de turistas que avistaram Juliana com o uso de drones indicam que ela estava debilitada e sem conseguir se mover. A família informa que ela está há dias sem água, comida e agasalhos. Há preocupação de que ela possa ter continuado a escorregar montanha abaixo, não estando mais no local onde foi vista inicialmente.
- Atuação do Itamaraty: O Ministério das Relações Exteriores do Brasil e a Embaixada do Brasil em Jacarta estão em contato com as autoridades indonésias e têm solicitado reforços nas buscas. Dois funcionários da embaixada se deslocaram para o local para acompanhar pessoalmente os esforços.
- Apoio de Alpinistas: Alpinistas estão a caminho do local da queda, com o objetivo de dar continuidade ao resgate. Há a informação de que equipamentos específicos estão sendo enviados para reforçar a equipe que já está na área.
- Críticas da Família: A família da brasileira tem expressado grande preocupação e criticado a demora e a falta de clareza no processo de resgate, chegando a falar em “negligência” por parte das autoridades indonésias. Eles também relatam desencontro de informações e afirmam ter recebido dados inverídicos sobre o andamento das operações.
- Recursos Necessários: A família considera o envio de um helicóptero como a “última esperança” para o resgate, indicando que esse recurso, crucial para áreas de difícil acesso, não tem sido prontamente utilizado ou está inviável devido às condições climáticas.
O que se sabe sobre a segurança em trilhas no Monte Rinjani?
O Parque Nacional Gunung Rinjani é um destino popular entre turistas e praticantes de trekking, mas exige preparação adequada devido aos riscos naturais. Autoridades locais reforçam a importância de respeitar as normas de segurança, utilizar equipamentos apropriados e, sempre que possível, contar com o acompanhamento de guias experientes.
- Planejamento prévio da trilha e análise das condições climáticas.
- Uso de equipamentos de proteção e comunicação.
- Respeito às orientações dos órgãos responsáveis pelo parque.
Casos como o de Juliana Marins evidenciam a necessidade de cautela e atenção redobrada ao explorar regiões montanhosas, especialmente em áreas com histórico de acidentes e resgates complexos.
O episódio envolvendo a turista brasileira no Monte Rinjani destaca a importância da cooperação internacional em situações de emergência, além de ressaltar os desafios enfrentados por equipes de resgate em ambientes naturais extremos. O uso de tecnologia, o envolvimento de especialistas e o apoio das famílias foram determinantes para o andamento das operações, que seguem mobilizando esforços em busca da segurança e do bem-estar dos envolvidos.