Na tarde desta sexta-feira (13/6), o cenário internacional foi marcado por uma escalada significativa no conflito entre Irã e Israel. As Forças Armadas iranianas lançaram centenas de mísseis balísticos em direção ao território israelense, em resposta a recentes bombardeios realizados por Israel contra instalações nucleares iranianas. O episódio reacendeu tensões históricas na região e mobilizou a atenção de governos e organizações internacionais.
De acordo com informações divulgadas pelo Exército de Israel, parte dos projéteis foi interceptada pelo sistema de defesa aérea, mas alguns conseguiram atingir áreas próximas a Tel-Aviv. Em Jerusalém, pelo menos um míssil foi destruído ainda no ar, evitando danos maiores à cidade considerada sagrada por diferentes religiões. A população israelense foi orientada a buscar abrigo em áreas protegidas até que novas instruções fossem fornecidas pelas autoridades.
Como ocorreu o ataque de mísseis do Irã contra Israel?
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— Estadão 🗞️ (@Estadao) June 13, 2025
Irã retalia Israel e ataca Tel-Aviv com mísseis balísticos
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O ataque iraniano foi realizado em larga escala, envolvendo o disparo de diferentes tipos de mísseis balísticos. Segundo fontes oficiais do Irã, a operação foi uma resposta direta aos ataques israelenses que, dias antes, haviam atingido alvos militares e nucleares em território iraniano. O governo iraniano afirmou que a ação tinha como objetivo demonstrar capacidade de retaliação e enviar um recado sobre a disposição de defender seus interesses estratégicos.
Em Israel, as sirenes de alerta soaram em diversas cidades, levando a população a buscar refúgio em abrigos antiaéreos. O sistema de defesa conhecido como Domo de Ferro foi acionado para interceptar os mísseis, conseguindo neutralizar parte das ameaças. No entanto, pelo menos sete pontos nos arredores de Tel-Aviv foram atingidos, causando preocupação quanto à segurança da maior cidade israelense.
Quais foram as reações dos líderes e da comunidade internacional?
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, já havia sinalizado a possibilidade de um contra-ataque iraniano após as operações contra o programa nuclear do Irã. Em comunicado, Netanyahu destacou que Israel havia atingido figuras importantes da liderança militar e científica iraniana, o que teria motivado a retaliação. Por sua vez, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que a resposta seria dura e que Israel enfrentaria consequências dolorosas.
- Israel: Reforçou o estado de alerta e mobilizou suas forças armadas para eventuais novos ataques.
- Irã: Justificou a ação como legítima defesa e prometeu manter a postura firme diante de futuras ameaças.
- Organizações internacionais: Diversos países e entidades, como a ONU, manifestaram preocupação com a escalada do conflito e pediram moderação às partes envolvidas.
Quais os próximos passos após ataque de mísseis entre Irã e Israel?

A troca de ataques entre Irã e Israel em 2025 elevou o risco de um confronto mais amplo no Oriente Médio. Especialistas em relações internacionais avaliam que novos episódios de violência podem desencadear reações em cadeia, envolvendo aliados regionais e impactando a estabilidade global. O uso de mísseis balísticos em grande escala também reacende debates sobre a segurança de instalações nucleares e a necessidade de mecanismos de contenção de conflitos.
Entre as possíveis consequências, destacam-se:
No Campo Militar e de Segurança:
- Retaliação adicional: A principal preocupação é uma nova rodada de retaliações. O líder supremo do Irã já prometeu “vingança” e “duros golpes” contra Israel, enquanto Israel declarou que a operação continuará “quantos dias forem necessários para remover essa ameaça”. A retaliação iraniana, que incluiu o lançamento de mais de 100 mísseis, foi chamada de “Promessa Verdadeira 3” e foi uma resposta aos ataques israelenses que mataram altos comandantes militares e cientistas iranianos.
- Aumento da prontidão militar: Ambos os lados estão em alerta máximo. Israel declarou estado de emergência nacional, mobilizou reservistas e ordenou a ativação de hospitais subterrâneos de emergência. O Irã também ativou suas defesas aéreas.
- Fechamento de espaço aéreo e segurança: Vários países do Oriente Médio, incluindo Irã, Israel, Iraque e Jordânia, fecharam seus espaços aéreos e há interrupções significativas nos voos. As missões diplomáticas israelenses em vários países, incluindo o Brasil, foram temporariamente fechadas.
- Envolvimento de aliados: Os Estados Unidos têm auxiliado Israel na interceptação de mísseis e drones iranianos, e têm movido ativos militares para a região para aumentar a proteção das bases americanas. Há a preocupação de um envolvimento direto dos EUA caso instalações ou pessoal americano sejam atacados.
No Campo Diplomático e Político:
- Apelos internacionais por contenção: Líderes mundiais, incluindo a ONU e potências europeias como Reino Unido, Alemanha e França, estão pedindo “calma e diplomacia” para evitar uma escalada ainda maior. O Secretário-Geral da OTAN também solicitou ajuda aos aliados de Israel para conter a escalada.
- Reuniões do Conselho de Segurança da ONU: O Conselho de Segurança da ONU já se reuniu para discutir a situação, com o Irã classificando os ataques israelenses como “ilegais e covardes” e Israel pedindo a eliminação das capacidades nucleares e de mísseis do Irã.
- Mediação: A Rússia, por exemplo, ofereceu mediação entre Irã e Israel.
- Impacto nas negociações nucleares: A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) manifestou preocupação com os ataques a instalações nucleares iranianas, defendendo uma solução negociada. A situação pode complicar ainda mais as discussões sobre o programa nuclear iraniano.
- Pressão sobre Israel: Alguns países, como o Brasil, condenaram o ataque israelense como uma “violação de soberania”, o que pode gerar mais pressão diplomática sobre Israel.
- Reações populares: Houve celebrações nas ruas de Teerã em resposta ao ataque iraniano, indicando um apoio popular às ações do governo.
Como a população está sendo afetada pelo conflito?
O impacto sobre civis é uma das principais preocupações em situações de confronto armado. Em Israel, a orientação para buscar abrigos e a interrupção de atividades cotidianas alteraram a rotina de milhares de pessoas. No Irã, o clima de tensão também é perceptível, com mobilização de recursos e atenção redobrada nas principais cidades. Organizações humanitárias monitoram a situação para oferecer suporte às populações afetadas e evitar agravamento da crise.
O episódio reforça a importância de esforços diplomáticos para evitar a escalada de conflitos armados e proteger a população civil. A comunidade internacional segue acompanhando os desdobramentos, enquanto as partes envolvidas avaliam seus próximos passos diante de um cenário ainda incerto.