No início do Campeonato Brasileiro de 2025, uma nova regra foi introduzida para coibir a prática de cera por parte dos goleiros. A intenção é clara: aumentar o tempo de bola rolando durante os jogos. A regra estipula que, caso um goleiro mantenha a posse da bola por mais de oito segundos, o árbitro deve conceder um escanteio ao time adversário. Apesar da implementação, a aplicação da regra na primeira rodada não foi rigorosa.
Durante os jogos, observou-se que muitos goleiros e árbitros não seguiram a nova diretriz à risca. Em várias partidas, os goleiros mantiveram a bola por mais tempo do que o permitido sem sofrerem penalizações. Isso levantou questionamentos sobre a eficácia da regra e a disposição dos árbitros em aplicá-la consistentemente.
Como a regra está sendo explicada?
Na partida entre Juventude e Vitória, o árbitro Paulo Cesar Zanovelli da Silva iniciou a contagem de tempo para o goleiro Marcão, do Juventude, quando este segurou a bola por mais de oito segundos. Similarmente, no confronto entre Palmeiras e Botafogo, o goleiro John, do Botafogo, também foi alvo da contagem, mas conseguiu se livrar da bola antes de ser penalizado.
Em contrapartida, outros jogos mostraram uma aplicação mais frouxa da regra. Por exemplo, Thiago Volpi, do Grêmio, e Rochet, do Internacional, seguraram a bola por períodos superiores a oito segundos sem qualquer intervenção dos árbitros. Esses casos evidenciam a necessidade de uma aplicação mais uniforme da regra para garantir sua eficácia.
@uolesporte CERA SEGUE… 👀 O Brasileirão começou com uma nova regra pra impedir a cera do goleira na reposição de bola, mas o John contra o Botafogo passou longe de cumprir ela #UOLEsporte #Botafogo #Palmeiras #Futebol #Brasileirão #TikTokEsportes ♬ som original – uolesporte
Como a regra vai afetar os jogos do Brasileirão?
A mudança na regra visa aumentar o tempo efetivo de jogo, que a FIFA considera ideal ser de pelo menos 60 minutos. Na primeira rodada do Brasileirão, a média de tempo de bola rolando foi de 59 minutos e 58 segundos, próximo do objetivo. A expectativa é que, com o tempo, a aplicação consistente da regra contribua para jogos mais dinâmicos e emocionantes.
Além disso, a alteração busca tornar o jogo mais justo, punindo equipes que utilizam a cera como estratégia para interromper o ritmo da partida. A mudança de penalidade de tiro livre indireto para escanteio foi pensada para ser menos severa, mas ainda assim eficaz em desestimular a prática.
Como os árbitros vão fiscalizar essa nova regra durante os jogos?
Um dos principais desafios na implementação da nova regra é a resistência dos árbitros em aplicá-la de forma consistente. A hesitação pode ser atribuída ao receio de influenciar o resultado das partidas de maneira significativa. Além disso, a subjetividade na contagem do tempo em que o goleiro está com a bola pode gerar controvérsias.
Para superar esses desafios, é essencial que a comissão de arbitragem ofereça treinamentos e orientações claras aos árbitros. A uniformidade na aplicação da regra é crucial para que ela seja aceita por jogadores, técnicos e torcedores, garantindo que os jogos sejam disputados de maneira justa e dentro das novas diretrizes.

Será que essa mudança vai fazer muita diferença nos resultados dos jogos?
Com o passar do tempo, espera-se que a nova regra seja assimilada por todos os envolvidos no futebol brasileiro. A adaptação pode levar algumas rodadas, mas a expectativa é que, eventualmente, a prática de cera seja significativamente reduzida. Isso não apenas aumentará o tempo de bola rolando, mas também melhorará a experiência dos torcedores, que desejam ver um jogo mais fluido e competitivo.
Em última análise, a eficácia da regra dependerá da disposição dos árbitros em aplicá-la e da aceitação dos jogadores em respeitá-la. Se bem-sucedida, a medida poderá servir de exemplo para outras ligas ao redor do mundo, promovendo um futebol mais dinâmico e justo.