Na última quinta-feira (20/3), um episódio dramático ocorreu em Cuiabá, capital do Mato Grosso, envolvendo um homem que fez uma mulher e uma criança reféns. O incidente chamou a atenção nacional devido à exigência peculiar do sequestrador: a presença da equipe do programa “Tá na Hora”, do SBT, apresentado por José Luiz Datena, para negociar sua rendição.
O homem, identificado como Roberto, entrou em contato com a emissora por volta do meio-dia, exigindo que a equipe do SBT Cuiabá estivesse presente para que ele liberasse os reféns. Inicialmente, ele manteve sob seu controle uma mulher e seu filho de seis anos. Após cerca de duas horas, a criança foi liberada, mas a mulher continuou sob ameaça.
Como Datena reagiu à exigência do criminoso?
🚨 URGENTE: homem faz mulher de refém em Cuiabá e pede presença de Datena para libertar a vítima.
— Silvinho (@silvinhotv) March 20, 2025
"Eu não posso negociar com ele, eu não tenho preparo para isso."#TáNaHoraSBT #TáNaHora pic.twitter.com/XdRarQFWMs
Durante as negociações, Roberto expressou o desejo de aparecer no programa apresentado por Datena, mantendo a televisão ligada enquanto ameaçava a refém com uma faca. O repórter Arthur Garcia, do SBT, relatou que o sequestrador estava assistindo ao programa ao vivo e pediu que Datena conversasse com ele.
Datena, no entanto, recusou-se a negociar diretamente, enfatizando que não era seu papel conduzir tal negociação. Ele apelou para que Roberto ouvisse a polícia e se entregasse, destacando que a negociação com reféns é uma tarefa complexa e arriscada, que deve ser conduzida por profissionais treinados.
“Meu amigo, se você está nos assistindo, ouça a polícia, por favor. Se entregue o mais rápido possível. Estou pedindo um favor a você. Eu não posso fazer negociação com ele, não sou preparado para isso. Já fiz algumas vezes, mas é uma coisa muito arriscada. É a polícia que tem que agir.”, disse o apresentador.
Como a situação foi resolvida?
Após ouvir o apelo de Datena, Roberto decidiu liberar a refém, mas solicitou que a equipe do programa o acompanhasse até a delegacia. Ele expressou medo de ser morto ao se entregar, afirmando: “Eu quero pagar para a Justiça, eu não quero que me matem.”
O desfecho do incidente foi pacífico, com a liberação da refém e a rendição do sequestrador. Datena explicou posteriormente que sua recusa em negociar diretamente foi motivada pelo temor de que um erro pudesse colocar a vida da refém em risco. Ele ressaltou a importância de deixar a negociação para profissionais capacitados, como a polícia.
Como essa situação de crise pode impactar?

Este incidente levanta questões importantes sobre o papel da mídia em situações de crise. A presença de câmeras e a cobertura ao vivo podem influenciar o comportamento dos envolvidos, tanto dos sequestradores quanto das forças de segurança. É crucial que jornalistas e apresentadores compreendam os limites de sua atuação para não comprometer a segurança das pessoas envolvidas.
Em suma, o caso em Cuiabá destaca a necessidade de protocolos claros e treinamento adequado para lidar com situações de reféns, garantindo que a mídia possa informar o público sem interferir nas operações policiais. A segurança dos reféns deve sempre ser a prioridade máxima.