O ator e empresário Rafael Zulu, de 42 anos, recorreu às redes sociais nesta quarta-feira (26/2) para alertar seus seguidores. Ele revelou que ficou internado por quatro dias devido a um quadro de fibrilação atrial, desencadeado pelo consumo excessivo de bebidas energéticas.
Especialistas em saúde cardiovascular alertam que, embora os energéticos sejam populares, eles podem elevar a frequência cardíaca e a pressão arterial. Isso ocorre devido à presença de estimulantes, como a cafeína, que em excesso podem causar efeitos adversos como insônia, ansiedade e tremores. Esses sintomas, por sua vez, podem sobrecarregar o coração e aumentar o risco de eventos cardiovasculares graves.
Como Zulu explicou a situação?
Em um vídeo, ele relatou ter sentido palpitações no peito e agravamento dos batimentos cardíacos, o que resultou em uma fibrilação atrial.
“Passei quatro dias internado e senti muito medo do que estava vivendo”, afirmou Zulu, destacando o impacto emocional do episódio. O empresário aproveitou o momento para alertar seus seguidores sobre os riscos do consumo exagerado desse tipo de bebida. “Espero que meu relato sirva como alerta para todos que consomem energéticos, seja em excesso ou moderadamente. Cuidem-se, porque só quando estamos no hospital percebemos que a saúde é o bem mais valioso que temos”, enfatizou.
Zulu ainda revelou que sempre foi sensível a substâncias estimulantes, como cafeína e pré-treinos, e reforçou a importância de manter a saúde em primeiro lugar. “Foi um susto, mas agora estou bem. Cuidem-se!”, concluiu.
Como os energéticos afetam o coração?
O consumo excessivo de bebidas energéticas pode estar associado a infartos e crises hipertensivas, especialmente quando combinado com álcool ou em indivíduos com histórico de problemas cardíacos. Segundo o cardiologista Marcelo Bergamo, muitos consumidores não percebem os riscos iniciais, pois os sintomas podem ser sutis. No entanto, o uso contínuo pode desregular o funcionamento do coração, agravando condições preexistentes como hipertensão e arritmias.
Para aqueles com doenças cardiovasculares, a recomendação é evitar energéticos. Em vez disso, optar por alternativas naturais para obter energia, como uma alimentação equilibrada, sono de qualidade e exercícios físicos, pode ser mais seguro e eficaz.
Efeitos no coração:
- Aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial: A cafeína e outros estimulantes presentes nos energéticos podem acelerar os batimentos cardíacos e elevar a pressão arterial, o que pode ser perigoso para pessoas com problemas cardíacos preexistentes.
- Arritmias cardíacas: O consumo excessivo de energéticos pode levar a arritmias, que são alterações no ritmo cardíaco. Em casos graves, as arritmias podem ser fatais.
- Palpitações: Muitas pessoas relatam sentir palpitações após consumir energéticos, que são batimentos cardíacos irregulares ou acelerados.
- Aumento do risco de eventos cardiovasculares: Estudos sugerem que o consumo regular de energéticos pode aumentar o risco de eventos cardiovasculares, como ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
Outros riscos:
- Além dos efeitos no coração, os energéticos também podem causar outros problemas de saúde, como insônia, ansiedade, dores de cabeça e problemas digestivos.
- A mistura de energéticos com álcool pode ser especialmente perigosa, pois o álcool pode mascarar os efeitos da cafeína, levando a um consumo excessivo e aumentando o risco de complicações.
Quais são os sintomas da fibrilação atrial?
A fibrilação atrial é uma condição que pode ser desencadeada pelo consumo excessivo de energéticos. Os principais sintomas incluem palpitações, cansaço e, em alguns casos, dor no peito. O cardiologista Bruno Valdigem explica que o maior risco da fibrilação atrial não tratada é a formação de coágulos de sangue no coração, que podem migrar para o cérebro e causar um AVC ou levar a um infarto.
O tratamento da fibrilação atrial envolve identificar e afastar causas provocadoras, calcular o risco de AVC e decidir entre tratamento medicamentoso ou procedimentos como a ablação por cateter.
Existe uma Quantidade Segura de Energéticos?
Não há uma quantidade segura de energéticos que possa ser consumida sem riscos, pois a sensibilidade individual varia. Pessoas com condições como obesidade, apneia do sono, hipertensão descontrolada e diabetes têm maior propensão a desenvolver fibrilação atrial. Além disso, atletas de alta performance também estão em risco devido ao esforço físico constante.
Portanto, é crucial estar atento aos sinais do corpo e moderar o consumo de energéticos. A busca por alternativas naturais para manter a energia pode ser uma escolha mais saudável e segura para o coração.
