A Meta, proprietária das plataformas Facebook e Instagram, anunciou o fim do seu programa de verificação de fatos e a suspensão das restrições a publicações nesta terça-feira (7/1) . O comunicado foi realizado pelo fundador da empresa, Mark Zuckerberg, que divulgou um vídeo nas redes sociais explicando as alterações nas políticas.
Zuckerberg afirmou que as práticas de moderação e verificação de conteúdo tinham ido “longe demais” e destacou a necessidade de restauração da liberdade de expressão nessas plataformas. As mudanças sinalizam um retorno às origens da empresa, focando na redução de erros e na simplificação de políticas para melhorar a experiência dos usuários.
Como a mudança nas políticas da Meta foi motivada?
Mark Zuckerberg diz que vai trabalhar com o governo Trump contra governos pelo mundo “pressionando por mais censura”.
— Samuel Pancher (@SamPancher) January 7, 2025
“Países latino-americanos têm tribunais secretos que podem ordenar que as empresas retirem as coisas silenciosamente” https://t.co/lbEbrst1AU pic.twitter.com/c4bR6QiYJU
Tradução: Samuel Pancher
De acordo com Zuckerberg, a decisão de alterar estas políticas vem na esteira de uma reavaliação sobre o impacto que as medidas introduzidas em 2016 tiveram na disseminação de informações. Embora tenham sido implementadas para combater desinformação, as políticas enfrentaram críticas por serem motivadas por “pressão política”, segundo o fundador da Meta.
A partir de agora, a empresa começará a implementar um sistema de “notas da comunidade”, inspirado naquele utilizado pelo X/Twitter. Este sistema será inicialmente testado nos Estados Unidos, com planos de expansão para outras regiões no futuro.
Como será o novo modelo de moderação da Meta?
A nova abordagem da Meta visa dar maior liberdade aos usuários na publicação de conteúdo, ao mesmo tempo em que procura maneiras efetivas de reduzir a desinformação. A ideia é que as “notas da comunidade” permitam uma avaliação colaborativa dos conteúdos, proporcionando um contexto adicional sem impor restrições severas.
Este movimento reflete um esforço para encontrar um equilíbrio entre manter uma plataforma segura e democrática e garantir a liberdade de expressão dos seus usuários. O diretor de assuntos globais da Meta, Joel Kaplan, vê essa mudança como uma oportunidade para redefinir a abordagem em favor da liberdade de expressão.
Quais serão os impactos dessas mudanças anunciadas por Zuckerberg?
O impacto destas mudanças nas plataformas de redes sociais ainda será mensurado ao longo do tempo. Entretanto, ao retomar o enfoque na liberdade de expressão, a Meta busca atrair novamente usuários que possam ter se sentido censurados ou limitados pelas políticas anteriores.
Há uma expectativa de que o novo sistema traga melhorias na forma como informações são compartilhadas e percebidas, incentivando um ambiente de discussão mais aberto e menos limitado por moderadores automatizados ou externos. Isso também pode representar um desafio em manter a acurácia das informações sem uma estrutura firme de verificação formal.
À medida que a Meta implementa suas novas diretrizes, enfrenta o desafio de garantir que suas plataformas continuem sendo um espaço seguro, onde desinformações danosas possam ser geridas com eficácia. Há a necessidade de inovação constante para evitar que a liberdade de expressão prejudique a qualidade informativa compartilhada nas redes.
Paralelamente, essas mudanças oferecem à Meta uma valiosa chance de se posicionar como líder em novas abordagens de moderação de conteúdo, potencialmente influenciando outras empresas de tecnologia a seguirem seu exemplo. Tudo isso enquanto buscam equilíbrio na maximização da liberdade e integridade das informações compartilhadas.