Após investigações dos diretores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro, a PF agora volta sua atenção para a liderança da agência nomeada na gestão Lula.
Com o desenvolvimento das investigações, a expectativa é entender como a atual cúpula da Abin, escolhida pelo presidente Lula, pode estar envolvida. O alvo é descobrir se existe um “conluio” entre os líderes atuais e os membros anteriores da agência, que poderia interferir nas investigações sobre práticas ilegais de vigilância.
O que se espera descobrir com a nova fase da investigação da Abin?
Um dos principais focos do inquérito, conhecido como “FirstMile”, envolve um software supostamente utilizado para espionar adversários políticos durante o governo anterior. A suspeita é que a nova gestão da Abin esteja tentando obstruir o esclarecimento do caso.
A atenção do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) está voltada para a situação, proporcionando uma fiscalização rígida sobre o processo. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, juntamente com a PGR, demonstrou preocupação com as manobras internas na Abin, negando, incluso, o pedido de compartilhamento das investigações com a atual corregedoria da agência. Isso sugere uma profunda desconfiança na autonomia e na transparência da instituição sob a nova gestão.