Em assembleia realizada na noite dessa segunda-feira (22/7), os servidores do Sinagências decidiram iniciar uma greve de 48 horas em reposta à oferta de reajuste salarial do governo. A proposta, considerada insatisfatória pela maioria dos membros, foi negada com 99% dos votos. O reajuste oferecido pelo governo era de até 21,4% para alguns cargos, escalonado em duas etapas: uma distribuição em janeiro de 2025 e a outra em abril de 2026.
Esta crise salarial surge em um contexto onde os empregados das agências desejam melhorias salariais há anos. Agora, com a negação da oferta governamental, a medida de força parece ser a única opção em vista para os profissionais. A greve está marcada para os dias 31 de julho e 1° de agosto, prometendo afetar diversos setores regulados.
Por que a oferta do governo foi rejeitada pelos servidores?
Os trabalhadores argumentam que o aumento proposto pelo governo não é suficiente para cobrir as defasagens acumuladas ao longo dos anos, nem para equiparar seus salários aos de outras carreiras do Ciclo de Gestão federal. Evidencia-se um descontentamento geral quanto às condições oferecidas, refletindo a insatisfação com o reconhecimento e valorização profissional.
Implicações da Greve no Serviço Público
A greve deve afetar principalmente os serviços de fiscalização e controle, essenciais para o funcionamento do país em áreas como energia elétrica, água, telecomunicações e transportes. Devido ao caráter estratégico das agências reguladoras, uma paralisação pode trazer consequências significativas não apenas para a economia, mas também para a vida quotidiana da população.
Impacto Econômico Potencial da Paralisação
As 11 agências que prometem aderir à greve desempenham um papel crucial na economia, regulando setores que representam cerca de 60% do PIB brasileiro. Uma paralisação, portanto, poderia comprometer não só a arrecadação federal, prevista para ultrapassar R$ 100 bilhões em 2024, mas também influenciar negativamente na estabilidade econômica do país.
- Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana)
- Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
- Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
- Agência Nacional de Mineração (ANM)
- Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
- Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
- Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)
- Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)
- Agência Nacional do Cinema (Ancine)
- Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP)
- Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
Os funcionários das agências esperam que esta medida extrema alerte tanto a sociedade quanto o governo sobre a necessidade urgente de valorização dos profissionais que desempenham um trabalho essencial para a qualidade de vida e desenvolvimento do Brasil. Resta aguardar os próximos passos tanto do Sinagências quanto do governo para encontrar uma solução que atenda às reivindicações dos servidores e evite maiores prejuízos para a população.