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Na noite de sábado, o Irã lançou cerca de 330 drones, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro contra Israel, marcando o primeiro ataque direto de Teerã ao Estado judeu. Embora a maioria dos equipamentos tenha sido interceptada pelas Forças Armadas israelenses e os danos tenham sido mínimos, os ataques destacaram a capacidade militar iraniana e a evolução de seu arsenal ao longo dos anos. Com informações de O Globo.
Estimativas de fontes de inteligência dos Estados Unidos indicam que o Irã possui mais de 3 mil mísseis balísticos com diversos alcances, incluindo alguns capazes de atingir Israel. Entre esses, está o míssil Kheibar Shekan, com autonomia para alcançar alvos a 1.450 Km de distância, o que representa uma preocupação crescente desde que foi utilizado em janeiro contra alvos na Síria.
A priorização do desenvolvimento de mísseis modernos faz parte da estratégia iraniana para projetar poder além de suas fronteiras. Cerca de 41% do orçamento militar do Irã no ano passado foi destinado ao programa de mísseis, enquanto equipamentos convencionais das Forças Armadas, como tanques e aeronaves de combate, ficaram defasados.
O míssil Sejjil, com um alcance de 2 mil Km, é o de maior alcance entre os operacionais e representa uma ameaça para Israel, Arábia Saudita e até mesmo o sul da Europa. Além disso, o Irã desenvolveu uma variedade de mísseis com missões específicas, como os Fateh-110, projetados para ofensivas de curto alcance, e o Kheibar Shekan, utilizado em ataques na Síria.
Embora o Irã tenha se autoimposto um limite de alcance máximo de 2 mil Km, priorizando o desenvolvimento tecnológico e a precisão das armas, isso não impediu a criação de projetos com alcance maior, como o Soumar, um míssil de cruzeiro lançado do solo, que, segundo relatos, está em operação desde 2015.