Não toleraremos violência eleitoral, diz Fachin em reunião com grupo de advogados

Não toleraremos violência eleitoral, diz Fachin em reunião com grupo de advogados

Presidente do TSE afirma que Justiça Eleitoral ‘não medirá esforços’ para ‘enfrentar a desinformação como prática do caos’

Em reunião com um grupo de juristas nesta terça-feira, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, voltou a dizer que a Justiça Eleitoral “não tolerará violência” durante as eleições de outubro, e “não medirá esforços para agir, a fim de coibir a violência como arma política e enfrentar a desinformação como prática do caos”.

A fala do ministro foi realizada na abertura do encontro com dez integrantes do grupo Prerrogativas, formado por advogados, especialistas, integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil e professores, ligados à movimentos de esquerda. 

— Não toleraremos violência eleitoral, subtipo da violência política. A Justiça Eleitoral não medirá esforços para agir, a fim de coibir a violência como arma política e enfrentar a desinformação como prática do caos —, afirmou o ministro. 

O encontro serviu para a entrega da “Carta aos brasileiros”, um manifesto em defesa da democracia está sendo articulado por um grupo de empresários, juristas, artistas, intelectuais e esportistas.

Segundo Fachin, e sem citar nomes, o TSE não se curvará perante os ataques ao sistema eleitoral brasileiro e `as urnas eletrônicas. 

— O TSE não está só, porquanto a sociedade não tolera o negacionismo eleitoral. O ataque às urnas eletrônicas como pretexto para se brandir cólera não induzirá o país a erro. Há 90 anos, criamos a Justiça Eleitoral para que ela conduzisse eleições íntegras e o Brasil confia na sua Justiça —, disse.

O ministro citou sete patamares de contenção numa importante rede de proteção da democracia, como a sociedade civil, englobando entidades, lideranças empresariais, sindicais, religiosas, movimentos, articulações e frentes democráticas; a imprensa livre, investigativa e interrogante, disseminando informações, fatos e evidências; o Parlamento, cuja representação popular pressupõe precisamente eleições periódicas; e as forças de segurança “cujo fim primordial é gerar segurança para o processo eleitoral, a serviço e nos limites do Estado democrático de direito”. 

— O quadro normativo para as eleições está estabilizado no prazo da lei. As instituições devem cumprir suas missões constitucionais. Deixo-vos um chamamento. Vossas Senhorias têm uma missão relevante: contribuir para iluminar o tempo do porvir e para obstar que um grande ocaso novamente se abata sobre o Brasil —, apontou Fachin.




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