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Nas redes sociais, Nadja Mauad, renomada jornalista esportiva no Paraná, conhecida especialmente por seu trabalho na área esportiva, compartilhou um relato pessoal corajoso. Ela denunciou ter sido vítima de assédio no ambiente de trabalho e, ao abordar a notícia do afastamento do técnico Jürgen Klopp, do Liverpool, devido a problemas de saúde, revelou ter enfrentado crises de síndrome do pânico e ansiedade, chegando até a considerar desistir da carreira jornalística.
O afastamento do técnico foi comunicado através de um vídeo no qual ele expressou seu estado emocional atual. A jornalista aproveitou esse momento para destacar a importância de falar sobre saúde mental.
“Isso mostra o nível de esgotamento, de exigência, e como a gente tem que se preocupar sim com saúde mental, porque para você deixar o clube que você ama, de fazer o que você ama porque está esgotado, é muito difícil. Eu sempre destaquei muito nas redes sociais a importância de falar sobre saúde mental.”
Usando o caso do técnico do Liverpool como ponto de partida, Nadja Mauad compartilhou publicamente suas próprias lutas emocionais ao longo dos anos.
“Eu, já há alguns anos, eu trato síndrome do pânico. Desenvolvi, por diversas questões, e você tem diversos gatilhos, e quando você vai procurar pessoas ansiosas, que têm crises de ansiedade que desencadeiam síndrome do pânico, elas têm um padrão. Um nível de exigência muito alto, uma busca pelo perfeccionismo, uma autocobrança. Você sente tudo de uma maneira muito forte, ou você fica muito feliz, ou você fica muito triste, ou fica muito brava. São sentimentos à flor da pele.”
A jornalista revelou ter enfrentado assédio psicológico e emocional por três anos, uma experiência que a fez considerar abandonar o jornalismo em várias ocasiões.
“Cada um tem o seu gatilho, ou gatilhos. No meu caso, eu sofri assédio psicológico e emocional, durante três anos. Foi muito difícil, eu pensei em deixar o jornalismo várias vezes. Diversas vezes eu cheguei a parar no hospital, porque são os sintomas de ataque cardíaco. Você fica sem ar, teu coração acelera, você sente dor no peito e você realmente fica com aquele risco de morte iminente, é algo horrível. Então, diversas vezes eu cheguei a parar no hospital e eu precisava ouvir que eu estava bem.”
Com informações do A Rede.