O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, será relator da ação apresentada na quarta-feira (31) pelo senador da Rede, Randolfe Rodrigues (AP), para investigar a compra de imóveis pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus familiares.
De acordo com levantamento feito pelo site UOL, pelo menos 51 imóveis comprados pelo presidente e seus familiares foram pagos total ou parcialmente com dinheiro em espécie.
A reportagem do portal levantou supostos registros em cartórios de negociações feitas pelo chefe do Executivo, pelos filhos do presidente e outros integrantes da família.
Segundo o levantamento, foram identificadas a compra de 107 imóveis de 1990 a 2022. Em 51 deles, os registros indicam que a compra foi paga em “moeda corrente nacional”, termo usado para indicar transação em dinheiro em espécie.
Os repasses feitos em espécie totalizaram R$ 13,5 milhões na época. Com a correção pelo IPCA, o valor equivale a R$ 25,6 milhões, atualmente.
O levantamento do UOL considerou o patrimônio de Bolsonaro e dos seus 3 filhos mais velhos, mãe, 5 irmãos e duas ex-mulheres.
Os imóveis estão localizados no Rio de Janeiro (RJ), em São Paulo (SP) e em Brasília.
Imóveis pagos por meio de cheque ou transferências bancárias são 30, totalizando R$ 13,4 milhões (R$ 17,9 milhões em valores corrigidos).
Já compra de outros 26 imóveis, que somam R$ 986 mil (R$ 1,99 milhão atualmente, pela correção), não há informações sobre as transações de compra detalhadas.