A Polícia Federal investiga uma possível ligação de uma disputa por terras na Zona Oeste do Rio de Janeiro tenha motivado o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em março de 2018.
A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 24, pelo jornal O Globo.
Segundo o jornal, essa nova linha de investigação toma como base a delação premiada do ex-sargento da PM Ronnie Lessa, que é acusado de ser o autor dos tiros. A delação de Lessa ainda depende de homologação no Superior Tribunal de Justiça.
“A vítima virou alvo por defender a ocupação de terrenos por pessoas de baixa renda e que o processo fosse acompanhamento por órgãos como o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio e o Núcleo de Terra e Habitação, da Defensoria Pública do Rio”, informou o jornal.
“No entanto, o mandante do assassinato apontado por Lessa buscava a regularização de um condomínio inteiro na região de Jacarepaguá sem respeitar o critério de área de interesse social, ou seja, o dono tinha renda superior à prevista em lei. O objetivo seria obter o título de propriedade para especulação imobiliária”, acrescentou o jornal.
Nada confirmado
Apesar disso, a própria PF divulgou uma nota ontem afirmando que, neste momento, apenas uma delação premiada foi homologada: a do ex-policial militar Élcio de Queiroz, que dirigia o carro usado no crime. Os detalhes dessa delação foram a público em julho do ano passado e é a única confirmada pela PF até o momento.
A manifestação da PF ocorreu após o vazamento da informação de que o ex-policial militar Ronnie Lessa também teria aceito acordo de delação premiada com a Polícia Federal. A delação de Ronnie Lessa está no STJ pronta para ser homologada pelo ministro Raul Araújo. Alguns veículos informaram nesta terça-feira que o suposto mandante da execução de MArielle Franco seria o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão.
O Antagonista