O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, negou ter pedido demissão do cargo depois de reunião com Flávio Dino na manhã desta 5ª feira (11.jan.2024). Disse que vai ajudar na transição do ministério depois de um período de recesso. O anúncio foi feito em seu perfil no X (antigo Twitter).
“Não pedi demissão. Vou sair de férias com a minha família e voltar para colaborar com a transição no Ministério da Justiça e Segurança Pública. União e Reconstrução”, publicou Cappelli.
Como noticiamos nesta quinta (11), a colunista Eliane Cantanhêde, pelo Estadão, informou que Cappelli disse a sua coluna que a tendência seria sair do cargo.
Havia a expectativa de que o secretário-executivo deixasse o cargo nesta 5ª (10.jan) com a iminência da indicação do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski para comandar o órgão. O martelo foi batido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na noite de 4ª feira (10.jan).
Pela manhã, Cappelli se encontrou com Dino para discutir seu futuro dentro do ministério. Isso porque o pessebista não tem proximidade com Lewandowski, o qual deve indicar o advogado e professor Manoel Carlos de Almeida Neto como secretário-executivo –cargo que equivale a uma espécie de vice-ministro.
Também pela manhã, o secretário-executivo adjunto do Ministério da Justiça, Diego Galdino de Araújo, foi demitido do cargo. A demissão foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) e assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. Araújo era o número 2 de Cappelli.
A potencial saída de Cappelli do Ministério da Justiça causou incômodo no PSB. O partido e o próprio Flávio Dino defendiam que o então secretário-executivo fosse nomeado como ministro. Sem Cappelli, o PSB agora tem seu espaço reduzido na Esplanada. Conta com 2 órgãos:
A mudança também pode reforçar o discurso do PSB de que o governo despreza a ajuda que o partido deu ao PT nas eleições de 2022. França, por exemplo, abriu mão de sua candidatura ao governo de São Paulo em prol de Fernando Haddad (PT). No ano passado, França foi remanejado na Esplanada por Lula.
Com informações de Poder 360