O Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar em fevereiro um recurso apresentado pelo ex-presidente Fernando Collor contra a decisão que o condenou a oito anos e 10 meses de prisão. Essa é uma das últimas etapas do processo, e caso o recurso seja negado, pode ser expedida uma ordem de prisão.
A análise do recurso irá ocorrer em uma sessão do plenário virtual, entre os dias 9 e 20 de fevereiro. Nesse sistema, os ministros depositam seus votos e não há uma discussão direta.
O julgamento de Collor e de outros dois réus foi concluído pelo STF em maio do ano passado. Em setembro, após a publicação do acórdão, os três réus apresentaram embargos de declaração, um tipo de recurso utilizado para esclarecer pontos da decisão. A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a rejeição dos embargos.
Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por um esquema envolvendo a BR Distribuidora que foi investigado pela Operação Lava-Jato. Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, apontado como operador do esquema, foi condenado a quatro anos e um mês de prisão, e Luis Amorim, diretor executivo da Organização Arnon de Mello, conglomerado de mídia do ex-presidente, recebeu pena de três anos e 10 dias.
O Globo