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Ministro da Fazenda falou que não pensa em ser o sucessor do chefe do Executivo e que 2018 foi “momento particular”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta 3ª feira (2.jan.2024) que o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é consenso dentro do PT para disputar a eleição de 2026. A declaração foi dada ao jornal O Globo.
“Acredito que existe consenso dentro do PT e da base aliada sobre a candidatura do presidente Lula em 2026. Na minha opinião, é uma coisa que está bem pacificada. Não se discute”, afirmou Haddad.
O ministro da Fazenda foi questionado se pensa em ser o sucessor do presidente e respondeu que não. “Só passou pela minha cabeça em 2018 porque era uma situação em que ninguém queria ser vice do Lula. E aí, um dia, ele falou: ‘Haddad, acho que vamos sobrar só nós dois’. Dentro da cadeia. Eu disse: ‘Pense bem antes de me convidar, porque vou aceitar’. E acabou acontecendo”.
Em 2018, o ministro da Fazenda disputou a eleição presidencial como representante do PT, já que o atual chefe do Executivo estava preso por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.
Em relação ao documento do PT que fala sobre “austericídio fiscal” e à divergência com a presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PT-PR), Haddad afirmou que seu o partido não pode comemorar resultados e achar que está tudo certo.
“Nos cards de Natal, o que aparece é assim: ‘A inflação caiu, o emprego subiu. Viva Lula!’ O meu nome não aparece. O que aparece é assim: “A inflação caiu, o emprego subiu. Viva Lula!” E o Haddad é um austericida. Então, ou está tudo errado ou está tudo certo. Tem uma questão que precisa ser resolvida, que não sou eu que preciso resolver”, afirmou.
Quanto às divergências dentro do próprio partido e aos colegas ministros, como Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, de Relações Institucionais, Haddad avalia que as agendas são conciliáveis.
“Há debates, às vezes, mais acalorados, às vezes, menos acalorados. Mas há a noção de que primeiro tem um árbitro. Já leva a informação organizada e aguarda o presidente tomar a decisão”, declarou, se referindo a Rui Costa. “Não considero ruim que haja divergências. É natural”.
Já sobre Padilha, Haddad disse que a relação com o ministro Alexandre Padilha é uma parceria “antiga” e que já trabalharam juntos em outra prefeitura e ministério. “Não é fácil essa função. Falam que o pior emprego do mundo é o do ministro da Fazenda, mas tem concorrente, que é o do Padilha”, declarou.