O suíço Gianni Infantino, presidente da Fifa, disse que ficou “chocado” ao saber de notícias envolvendo agressões físicas e verbais, além de ameaças de morte, a jogadores e familiares no Brasil. Apesar de não citar nominalmente nenhum caso específico, o mandatário fez referências que remetem à saída do meia-atacante Willian do Corinthians – o craque afirmou que deixou o país por ser alvo de ofensas em meio aos maus momentos do Timão.
“Em relação à violência, é especialmente doloroso ver que ela é geralmente direcionada pelos torcedores contra seus próprios times. Fiquei chocado ao ler sobre o caso de um jogador que deixou o clube por causa de ameaças feitas a sua família. Também li sobre ataques aos ônibus das equipes. Torcedores esperando nos aeroportos para insultar seus próprios jogadores, e fãs irritados ilhando os centros de treinamento em razão de alguns resultados”, declarou Infantino, em mensagem de vídeo veiculada na manhã desta quarta-feira, 24, durante o Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, que está sendo realizado na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
“Como o esporte, o futebol nos ensina valiosas lições de vida, sobre ganhar e sobre perder, bem como o respeito às regras, ao juiz e aos seus adversários”, completou o presidente da Fifa, que também elogiou a iniciativa da CBF e da Conmebol de buscarem medidas para coibir a violência e o racismo no futebol.
Créditos: Jovem Pan.