Milhares de pessoas desafiaram nesta quarta, 20, a proibição de fechar as ruas na Argentina. Com forte aparato policial, no entanto, a adesão à primeira manifestação contra o presidente Javier Milei foi menor que a esperada. O protesto se dispersou às 18 horas, após a leitura da declaração dos movimentos sociais contra o “Plano Motosserra”, em referência ao símbolo da campanha do libertário, que propõe um forte ajuste fiscal contra a crise.
O plano para conter as manifestações foi elaborado pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, candidata da direita tradicional que se juntou a Milei depois de ficar em terceiro lugar na eleição. Ao lado dela, o presidente assistiu à operação na sede da Polícia Federal, em Buenos Aires.
De acordo com o jornal Clarín, foram mobilizados 5 mil agentes, sendo a maior parte da Polícia Federal e da polícia da cidade (2 mil cada). Os movimentos sociais conseguiram reunir cerca de 10 mil pessoas, segundo autoridades ouvidas pelo jornal argentino, bem menos do que os 50 mil que eram esperados.
Mesmo com um policial para cada dois manifestantes, houve confusão. Um vídeo divulgado pelo jornal La Nación mostrou um princípio de briga entre os manifestantes e as forças de segurança nos arredores da Praça de Maio. Ainda de acordo com a imprensa local, pelo menos duas pessoas foram detidas.
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