O Brasil viverá no 13 de dezembro uma Super Quarta que vai ditar os rumos do país nos próximos anos. Tanto na política, quanto na economia.
Na política, a quarta-feira será das sabatinas de Flávio Dino — indicado para o STF — e de Paulo Gonet — indicado para a PGR. Ambos devem ter suas indicações analisadas no plenário do Senado (foto) ainda na Super Quarta. Caso sejam aprovados, Dino terá cargo vitalício (até os 75 anos, o que significarão 20 anos de STF) e Gonet ficará dois anos à frente da PGR.
A possível aprovação de ambos terá impacto não somente na nova recomposição de forças no Supremo Tribunal Federal ou para ditar os rumos do Ministério Público Federal, como também vai refletir na composição da Esplanada dos Ministérios.
Com a ida de Dino para o STF, abre-se uma vaga no Ministério da Justiça. O governo Lula ainda estuda a possibilidade de desmembrar a pasta, a se depender do nome que irá para o lugar de Dino.
No Congresso, a quarta deverá ser de votações importantes como a dos trechos da reforma tributária incluídos no texto no Senado. Além disso, os parlamentares ainda têm de apreciar a MP que trata das subvenções do ICMS e a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
Na agenda econômica, a última decisão do ano sobre a Selic será na mesma data da definição da taxa básica nos Estados Unidos. Por aqui, a expectativa é de manutenção no ritmo de redução em 0,5 ponto percentual, que levará os juros locais para 11,75%, mas a esperança de investidores e do governo é por uma sinalização de que há espaço para uma aceleração nos cortes.
Nos EUA, o consenso de mercado aponta para a manutenção taxa por lá em 5,50% ao ano. A atenção estará voltada para a comunicação do Federal Reserve por alguma indicação de quando a autoridade monetária americana pode começar a cortar os juros.
O Antagonista