A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a proibição da comercialização, distribuição e uso de um conhecido atum ralado em óleo comestível com caldo vegetal, fabricado pela Cellier Alimentos Linha Profissional, SIF 3699, lote 08/05/23, e com validade até 8 de maio de 2025.
A decisão foi tomada após um exame laboratorial realizado pelo renomado Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) confirmar a presença de níveis elevados de histamina, ultrapassando os limites tolerados pela legislação sanitária.
O alerta da Anvisa foi desencadeado por um relato do Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (CVS-SP), que identificou um surto de sintomas compatíveis com intoxicação alimentar por histamina em Centros de Educação Infantil (CEIs) de Campinas, no final de julho de 2023, associado ao consumo do atum.
Saiba mais sobre a histamina
A histamina, uma substância que pode se formar após a morte de pescados, revelou-se presente em níveis perigosamente elevados devido a inadequadas condições de manuseio e armazenamento durante o processo de produção.
Um dado importante é que a histamina não é eliminada pelo tratamento térmico do pescado, como ocorre em métodos de cozimento, esterilização comercial ou defumação durante a fabricação do produto final, como é o caso do atum embalado.
Os peixes contaminados podem não apresentar sinais visíveis, como mau cheiro, alteração na consistência ou coloração, tornando a detecção da contaminação desafiadora.
Os consumidores expostos à histamina em níveis elevados podem experimentar uma variedade de sintomas, desde dormência, formigamento e sensação de queimação na boca, até erupções cutâneas no tronco superior, queda de pressão, dor de cabeça, coceira na pele, e em casos mais graves, náusea, vômito e diarreia.
A intoxicação por histamina geralmente se manifesta de forma leve, com os sintomas desaparecendo em poucas horas. Contudo, é importante ressaltar que idosos e indivíduos com problemas de saúde preexistentes podem experimentar sintomas mais severos, exigindo atenção médica imediata.
Folha Financeira