As águas somalis têm um grande potencial para a pesca, mas navios de pesca estrangeiros, muitos operando ilegalmente, comprometem a sustentabilidade. O setor pesqueiro somali, por sua vez, é pequeno e pouco desenvolvido. Por isso, pescadores artesanais locais passaram a ver esses navios como uma ameaça aos seus meios de subsistência tradicionais. Em resposta, formaram grupos armados para afastar o que consideravam invasores.
مشاهد من العملية العسكرية النوعية للقوات البحرية التي تم خلالها السيطرة على السفينة الإسرائيلية يوم أمس في البحر الأحمر. pic.twitter.com/7dGNtbcMos
— العميد يحيى سريع (@army21ye) November 20, 2023
Esses grupos, operando em pequenos barcos motorizados, começaram sequestrando pesqueiros para pedir resgate e depois passaram a atacar grandes navios. Entre 2007 e 2012, um aumento dramático na pirataria marítima na costa da Somália atraiu atenção global. Mais de trezentos navios mercantes foram sequestrados, com pedidos de resgate variando de US$ 200.000 a US$ 10 milhões, segundo informações do www.researchgate.net. Atualmente, os sequestros de navios são realizados com o auxílio de helicópteros.
Navio Galaxy Leader inaugura nova fase de sequestros
Construído em 2002, o navio transportador de veículos Galaxy Leader, de propriedade britânica e operado pelo Japão, navega atualmente sob a bandeira das Bahamas. Militares, usando um helicóptero, sequestraram ilegalmente o navio, que agora se encontra no porto de Hodeidah, no Iêmen.
A Galaxy Maritime Ltd., com sede na Ilha de Man, informou em um comunicado que todas as comunicações com o navio se perderam. De acordo com a CBC, os Houthis divulgaram na segunda-feira, 20/11, imagens de vídeo mostrando homens armados descendo de um helicóptero e apreendendo o navio de carga no sul do Mar Vermelho, um navio que eles identificaram como israelense.
A filmagem, divulgada pelo canal de TV do movimento Houthi, Al Masirah, do Iêmen, surgiu após a apreensão do navio pelo grupo apoiado pelo Irã no sul do Mar Vermelho.
Mar Sem Fim