O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, parabenizou nesta segunda-feira (20) o libertário Javier Milei pela vitória nas eleições presidenciais da Argentina.
Mais cedo, Milei anunciou que seus dois primeiros destinos antes de assumir a presidência da Argentina em 10 de dezembro serão EUA e Israel.
De acordo com ele, sua viagem aos EUA terá “uma conotação mais espiritual do que outras características”, pois ele viajará para Miami e Nova York para visitar amigos rabinos.
Depois disso, ele garantiu que irá diretamente para Israel, para uma visita sobre a qual ele já “conversou com o embaixador israelense na Argentina”.
“Parabenizamos a vitória de Javier Milei na Argentina. Estamos ansiosos para trabalhar com você para fortalecer as relações entre Israel e Argentina e aprofundar os laços interpessoais”, afirmou o ministro israelense na rede social X.
Cohen disse que convidou Milei para “continuar o diálogo a fim de inaugurar a embaixada argentina em Jerusalém, a capital de Israel”. O presidente israelense, Isaac Herzog, também telefonou para Milei para parabenizá-lo.
“Você tem uma grande tarefa à sua frente como líder de uma nação com uma voz importante na América Latina e no mundo”, disse o chefe de Estado israelense em sua conta no X, além de enfatizar que aprecia a amizade de Milei “com Israel e a comunidade judaica”.
O Estado de Israel vive um momento trágico de sua história na guerra para derrotar o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Milei foi um dos defensores do país em meio a diversos políticos da América Latina que acusaram Israel de “genocídio”, como o presidente colombiano Gustavo Petro e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.
O líder da frente direitista A Liberdade Avança derrotou no domingo, com 55,69% dos votos, o candidato peronista e atual ministro da Economia, Sergio Massa, que obteve 44,3%, no segundo turno das eleições para a presidência da Argentina.
Tradicionalmente, a primeira viagem que um presidente argentino faz quando eleito é ao Brasil, que não é apenas um vizinho e sócio do Mercosul, mas também um dos principais parceiros comerciais do país.
No entanto, durante a campanha, Milei já tinha antecipado que as relações exteriores de seu governo se concentrariam em EUA e Israel, e que não negociaria com países “comunistas”, entre os quais incluiu Brasil e China.
Gazeta do Povo/Com agência EFE