O recém-empossado presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, decidiu se reunir na próxima terça-feira com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e com o diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes de Oliveira.
Moraes, que vai comandar o TSE durante as eleições, vai se reunir em seu gabinete no tribunal com o titular da Defesa às 15h30 e uma hora depois com o chefe da PF e com o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado, Caio Rodrigo Pelim.
Os encontros, uma semana após tomar posse no cargo em uma concorrida cerimônia, indicam um movimento de Moraes em busca de estreitar laços com as Forças Armadas e a PF a menos de dois meses do primeiro turno das eleições.
Em junho, ainda sob a gestão do antecessor Luiz Edson Fachin à frente do TSE, o ministro da Defesa chegou a dizer que as Forças Armadas não se sentiam “devidamente prestigiadas” em participar da Comissão de Transparência das Eleições (CTE), grupo criado no ano passado para acompanhar o processo.
Nogueira informou publicamente ter tentado se reunir com Fachin, mas não houve concordância dele para o encontro.
Tanto as Forças Armadas quanto a PF apresentaram sugestões para aperfeiçoar o sistema de voto por meio de urnas eletrônicas –a maioria dessas sugestões foi acatada pelo TSE para o atual pleito.
OUTROS ENCONTROS
Na segunda-feira, às 15h15, o presidente do TSE vai se reunir com o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), uma das autoridades que mais tem dado respaldo ao tribunal eleitoral, alvo de ataques constantes do candidato à reeleição, presidente Jair Bolsonaro (PL), que levanta suspeitas infundadas contra a confiabilidade do sistema eletrônico.
Na terça, após se encontrar com o diretor-geral da PF, às 17h30, Moraes terá uma audiência com dirigentes do grupo Pacto pela Democracia.