O governo Michel Temer vai ser transformado em um filme dirigido por Bruno Barreto, cineasta que comandou longas como “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e “Crô: O Filme”.
Temer tentava desde o ano passado emplacar junto ao MDB a ideia de se fazer um filme sobre o seu legado político. A ideia foi barrada por integrantes da executiva nacional. Agora, o filme toma corpo após iniciativa do seu marqueteiro Elcinho Mouco.
“Não é um documentário especificamente sobre o Temer. É sobre tudo o que veio depois daquela bomba do dia 17 de maio de 2017″, disse Barreto à Folha. A data é em referência à conversa gravada pelo empresário Joesley Batista, que foi divulgada pela imprensa.
O filme — que pode acabar virando uma série — vai se chamar 963 dias, que foi o período em que Temer ficou no poder.
Barreto adianta que não considera que houve um complô à época. “O que houve foi que a imprensa caiu de pau em cima dele, na ânsia de teoricamente lutar contra a corrupção”, descreveu.
“Sei que o filme vai levar porrada, já dizem que sou de direita”, comentou o cineasta. “Eu vou é botar os pingos nos is. Não estou defendendo tese nenhuma, não faço arte militante. Mas que o Temer foi um ótimo presidente, que os juros e o desemprego caíram muito e que a reforma da previdência ia ser votada logo, logo, isso não se pode negar”, completou.
O Antagonista