A desavença entre o senador Rogério Marinho e a senadora Damares Alves ocorreu devido a uma divergência na análise de um projeto de lei que tratava do aumento de policiais militares e civis do Distrito Federal. O governo Lula incluiu no projeto um artigo que autorizava a transformação de cargos efetivos em cargos comissionados, o que acabou se tornando uma armadilha para a oposição.
Nesse contexto, a bancada do Distrito Federal tem urgência em votar a matéria, pois o aumento para as forças policiais já está em vigor por meio de uma Medida Provisória emitida pelo presidente Lula. No entanto, caso a lei não seja votada pelo Senado até o dia 14, a MP perderá validade e o aumento ficará desautorizado. Os senadores têmem um desgaste com suas bases eleitorais e, por isso, pedem celeridade na aprovação, ainda que isso signifique conceder ao governo mais cargos comissionados.
Foi nesse contexto que ocorreu o atrito entre Damares Alves, do partido Republicanos-DF, e o líder da oposição, Rogério Marinho, do partido PL-RN. É importante ressaltar que eles foram colegas no governo Bolsonaro, mas essa divergência na análise da matéria na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) os colocou em lados opostos.