Investigações do furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de Barueri, na Grande São Paulo, apontam um cabo como suspeito de transportar as armas furtadas, informa a Rede Globo.
A emissora apurou que o Exército investiga se o militar usou um carro oficial do então diretor do quartel para levar as metralhadoras do local; depois, elas seriam negociadas com facções criminosas.
O cabo era motorista do tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, que foi exonerado da chefia do Arsenal de Guerra após o episódio —ele não é investigado no caso.
Também é investigada a suspeita de que o crime tenha ocorrido no 7 de Setembro. Naquele dia, houve um “apagão” que desligou as câmeras de segurança do quartel, e a energia foi religada logo depois do furto. Um dos cadeados que trancava a porta foi rompido e trocado por outro.
Segundo o G1, a última inspeção na sala de armas havia sido em 6 de setembro. Mais de um mês depois, em 10 de outubro, os militares foram conferir se a porta continuava lacrada, e um subtenente percebeu sinais de arrombamento; só nesse dia o Exército deu pelo sumiço das metralhadoras.
O IPM (inquérito policial militar) sobre o furto das armas é conduzido por um oficial do Comando Militar do Sudeste. Além do cabo, mais seis militares —com patentes que incluem soldado, sargento e tenente— são investigados como suspeitos de participar diretamente do que é considerado o maior desvio de armas da história do Exército brasileiro.