Companheira do deputado federal relatou para a Polícia Civil que também sofreu ameaça de morte
O deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), conhecido como “delegado Da Cunha”, foi acusado de ter agredido e xingado a nutricionista Betina Grusiecki, companheira com quem vive há três anos em Santos, litoral de São Paulo.
A CNN teve acesso ao boletim de ocorrência feito pela mulher no último dia 15, em que ela acusa o parlamentar de lesão corporal, ameaça, injúria e violência doméstica. Betina foi procurada para fornecer mais detalhes do caso, mas não retornou aos contatos.
Da Cunha nega as acusações e disse, em nota, que a discussão aconteceu “em meio à comemoração de seu aniversário, mas em nenhum momento ocorreu qualquer tipo de violência física de sua parte”.
De acordo com o boletim de ocorrência, após consumir bebidas alcoólicas, Da Cunha começou uma discussão com a mulher. Durante a briga, ele a teria xingado de “p***** e lixo”, afirmando que ela “não serve para nada”.
Relato de agressões
Em depoimento, Grusiecki relata que foi agredida e que o parlamentar chegou a bater a cabeça dela na parede a segurando pelo pescoço. A nutricionista também relatou que chegou a desmaiar após as agressões.
Ainda no documento da Polícia Civil, a nutricionista relatou que ao acordar, tentou reagir arremessando um secador de cabelos na direção do parlamentar. Na sequência, ele teria batido a cabeça dela na parede novamente e a ameaçado de morte.
“Vou encher de tiros a sua cabeça, vou te matar e vou matar sua mãe”, segundo depoimento da mulher. Por fim, Grusiecki relatou que da Cunha quebrou os óculos e que jogou cloros nas roupas dela.
Histórico de polêmicas e denúncia de agressão
Antes de se eleger deputado federal pelo PP, em 2022, Da Cunha ganhou notoriedade como youtuber, publicando vídeos que mostravam operações policiais. As publicações alcançaram mais de 11 milhões de visualizações. Uma delas, inclusive, foi encenada, o que foi confessado pelo policial anos mais tarde.
Em 2021, Da Cunha chegou a ser afastado da Polícia Civil e disse que era vítima de uma perseguição interna da corporação por defender ideais de uma polícia menos truculenta.
Essa não é a primeira vez que o parlamentar foi denunciado por agressão contra uma mulher. Em 2016, a ex-esposa dele registrou um boletim de ocorrência relatando que o delegado havia a ameaçado de morte. Anos mais tarde, a denúncia foi retirada.
CNN Brasil