O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta quarta-feira, 11, que haja um cessar-fogo na Faixa de Gaza para que civis possam deixar a região, que tem sido repetidamente bombardeada por Israel em contra-ataque após os atos terroristas do Hamas no sábado 7. O petista também pediu a liberação dos reféns sequestrados pelo grupo, que somam cerca de 150 pessoas.
“É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra”, declarou o presidente.
De acordo com ele, crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo. Nesta quarta-feira, Israel confirmou que há brasileiros entre os cativos, bem como outras nacionalidades.
Lula também fez um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional para lançarem mão de “todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio”.
“É urgente uma intervenção humanitária internacional. É urgente um cessar fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas”, afirmou no comunicado, destacando que o Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que o conflito cesse “de imediato e em definitivo”.
Foi a declaração mais forte do governo sobre o conflito até agora, mas Lula não classificou o Hamas como um grupo terrorista, como pede Israel.
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