O vice-presidente e presidente interino, Geraldo Alckmin (PSB), chegou na manhã deste domingo (10.set.2023) ao Rio Grande do Sul acompanhado de 8 ministros para sobrevoar as regiões atingidas pelo ciclone extratropical que atingiu o Estado e já deixou 43 mortos e 46 desaparecidos.
Alckmin está no comando do país pela viagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Índia para a Cúpula do G20. O presidente interino deve sobrevoar as cidades de Roca Sales e Arroio do Meio, fortemente atingidas pelo desastre natural. Alckmin deve se reunir com prefeitos da região e também com o governo gaúcho. Durante a visita, o governo federal deve anunciar novas medidas de ajuda ao Estado.
Assista (1min4s):
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), está acompanhando o vice-presidente. A comitiva federal é composta pelos seguintes ministros:
- Jader Filho (Cidades);
- José Múcio (Defesa);
- Marina Silva (Meio Ambiente);
- Nísia Trindade (Saúde);
- Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário);
- Paulo Pimenta (Secom);
- Waldez Góes (Desenvolvimento Regional);
- Wellington Dias (Desenvolvimento Social).
Na 6ª feira (8.set), o governo federal anunciou ajuda de R$ 800 para cada pessoa atingida pelo desastre. O benefício será dividido em duas parcelas de R$ 400. Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, a 1ª parte do auxílio para as pessoas desabrigadas por conta do ciclone será paga aos municípios já na 2ª feira (11.set).
O valor de R$ 800 será disponibilizado para cada pessoa desabrigada no Estado e repassado aos municípios para que possam gerir as despesas com alimentação, higiene e atendimento dos afetados pelo ciclone. O governo estima que existam 5.000 pessoas nesta situação por causa das fortes chuvas.
A 2ª parcela só será paga depois que o governo federal fizer um balanço para verificar se novas pessoas também precisarão ser incluídas no benefício.
O Estado tem 150.341 pessoas afetadas, 11.642 desalojadas e 3.798 desabrigadas. Para ajudar, o Executivo gaúcho estabeleceu uma chave PIX (CNPJ) de conta bancária para receber as doações de quem deseja auxiliar às vítimas das enchentes.
- PIX para a conta SOS Rio Grande do Sul
- CNPJ: 92.958.800/0001-38
- Banco do Estado do Rio Grande do Sul.
AUSÊNCIA DE LULA
A viagem de Alckmin se dá depois do governo petista ser alvo de críticas ao longo da semana pelo presidente Lula não ir ao Rio Grande do Sul antes de embarcar para a Cúpula do G20. Uma comitiva do governo com ministros visitou o Estado na 4ª feira (6.set), mas o presidente não estava presente.
O petista concentrou sua agenda na negociação para finalizar a minirreforma ministerial e participou do desfile de 7 de Setembro, em Brasília. Depois embarcou para a Índia. Alckmin minimizou na 6ª feira (8.set) a não ida do chefe do Executivo ao Estado.
“Os seus ministros estiveram lá. O presidente tinha ontem o 7 de setembro, não tinha como sair. No dia anterior, teve uma indisposição de saúde. Mas todo o governo empenhado em atender a região”, disse o vice-presidente à jornalistas.
Eduardo Leite também minimizou a ausência Lula no Estado. “Vou me abster de comentar a ausência do presidente porque não me interessa qualquer tipo de conflito político. É um momento de união”, declarou o tucano em entrevista a jornalistas nesta 6ª feira (8.set).
Leite afirmou que a ida de Lula às cidades afetadas poderia atrasar as operações de buscas e resgates realizadas no local. Segundo ele, a estrutura e os equipamentos utilizados para transportar o petista, como helicópteros, devem ser utilizados para socorrer a população.
Depois das críticas, o presidente da República citou em seu 1º discurso na Cúpula do G20 o ciclone. “O aquecimento global modifica o regime de chuvas e eleva o nível dos mares. As secas, enchentes, tempestades e queimadas se tornam mais frequentes e minam a segurança alimentar e energética. Agora mesmo no Brasil, o Estado do Rio Grande do Sul foi atingido por um ciclone que deixou milhares de desabrigados e dezenas de vítimas fatais. Se não agirmos com sentido de urgência, esses impactos serão irreversíveis”, disse.
No encerramento da cúpula, o petista voltou a falar do desastre natural no Estado. “Isso nos chama a atenção porque fenômenos como esse têm acontecido nos mais diferentes lugares do planeta”, disse Lula.
Fonte: Poder 360.