Em agenda no ES, ministro da Justiça disse que o tema ‘jamais foi tratado’ entre ele e o presidente da República
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (4) que “jamais foi tratado”, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um convite a ele para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Em outubro, o petista terá que indicar o nome para o lugar de Rosa Weber, que se aposentará ao completar 75 anos de idade.
“Não há nem convite, nem demanda, esse tema jamais foi tratado. Eu tenho 33 anos de atuação profissional no Direito e sei que não tem candidatura ou campanha para ser ser ministro do Supremo. É um assunto do presidente da República e não faz parte das minhas cogitações”, disse, em evento no Espírito Santos.
Além de comandar o ministério da Justiça, Dino é senador eleito pelo Maranhão e atuou como juiz federal por 12 anos.
“Eu estou focado na dupla missão que eu tenho: senador, eleito pelo povo do Maranhão licenciado e, por outro lado, ministro da Justiça e Segurança Pública, que é o que ocupa meu cotidiano. Outras decisões dependeriam da existência do tema, e ele nunca existiu por parte do presidente da República e, claro, não serei eu a tratar disso”, completou.
Nos bastidores, os favoritos para a próxima vaga ao STF são o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. O nome de Flávio Dino chegou a ser aventado, mas é considerado menos provável.
Apesar de pressões pela indicação de uma mulher para a vaga de Rosa Weber, Lula dificilmente deve ceder. Na semana passada, ele nomeou, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a advogada Daniela Teixeira.