Acontecem nesta quinta-feira (31) os depoimentos simultâneos de Jair Bolsonaro (foto), Michelle Bolsonaro (foto), do tenente-coronel Mauro Cid e de outros cinco investigados no inquérito das joias sauditas, na sede da Polícia Federal, em Brasília, às 11h. Por ocorrerem ao mesmo tempo, as oitivas estão sendo consideradas como uma espécie de acareação entre o ex-presidente e os demais envolvidos.
Além do ex-presidente, da ex-primeira-dama e do ex-ajudante de ordens, prestarão depoimento o general da reserva Mauro César Lourena Cid, os assessores de Bolsonaro Marcelo Câmara e Osmar Crivellati e os advogados Fabio Wajngarten e Frederick Wassef. Apenas Wassef irá depor por videoconferência, da Superintendência da PF em São Paulo.
Cada um dos investigados será ouvido por um delegado e um escrivão, respectivamente, sob a coordenação de delegado presidente do inquérito, que irá monitorar todas as informações prestadas pelos depoentes. A ideia é contrapor inconsistências e contradições em tempo real.
Na quarta-feira (30), Jair Bolsonaro e Michelle passaram o dia treinando o que dizer à Polícia Federal na sede do PL. O ex-presidente, inclusive, foi orientado a se manter em silêncio, mas afirmou que a estratégia soaria como uma confissão de culpa e pretende falar durante o depoimento.
Esse vai ser o quinto depoimento de Bolsonaro à PF desde que deixou a Presidência da República, o segundo sobre as joias sauditas. Os outros trataram da denunciada do senador Marcos do Val (Podemos-ES) sobre uma trama de golpe de Estado, sobre o vandalismo do 8 de janeiro, e sobre por fraudes em cartões de vacinação.
Assim como Mauro Cid, cuja defesa anunciou que entregaria à PF o mandante da venda das joias sauditas, o advogado Frederick Wassef também teria indicado a pessoas do seu entorno que deve revelar de quem partiu a ordem para a recompra do Rolex, presenteado ao governo brasileiro pela Arábia Saudita, e vendido por Cid a uma loja na Pensilvânia, nos Estados Unidos.
O Antagonista