Convocado para prestar depoimento nesta quinta-feira na CPI das Pirâmides Financeiras, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho novamente não compareceu. Esta foi a segunda ausência dele na comissão e, agora, a presidência da CPI determinou a condução coercitiva do ex-jogador.
Reunião da CPI das Pirâmides Financeiras ouviu o irmão e empresário de Ronaldinho Gaúcho, Roberto Assis — Foto: Lucas Magalhães
Segundo o relator da comissão, Ricardo Silva (PSD/SP), informou no início da tomada de depoimento de Roberto Assis, irmão e empresário de Ronaldinho, que o jogador apresentou uma justificativa que não atende a prerrogativas legais.
– Nós remarcamos a data com a afirmação de que a ausência iria trazer a essa comissão como única saída o pedido de condução coercitiva e é isso que a presidência desta CPI está determinando nesta manhã. Tivemos voos que pousaram em Brasília às 7 da manhã. Mesmo que não que tivesse esse argumento de não ter o voo, não é um argumento amparado pela Lei. A Lei fala que a convocação tem que ser cumprida – disse.
A ideia dos parlamentares era ouvir o ex-jogador por ele ser sócio de uma empresa responsável por arbitrar venda de criptomoedas e por prometer rendimentos de 2% ao dia. A empresa, entretanto, bloqueou contas e não pagou os investidores. Em 2020, Ronaldinho se tornou réu em uma ação coletiva, que pede R$ 300 milhões em prejuízos aos investidores.
Ainda no depoimento desta quinta-feira, Assis negou qualquer envolvimento com a empresa e disse que ele e Ronaldinho foram vítimas no caso. O contrato de cessão de direito de imagens, segundo o empresário, foi assinado junto a uma empresa de comercialização de relógios.
– Meu irmão não é e nunca foi sócio da empresa. Eu e meu irmão não fomos sócios da 18K Ronaldinho. Meu irmão foi vítima dessa empresa e dos seus sócios, que utilizaram o nome e a imagem sem autorização. Inclusive, o Ronaldo já foi ouvido na condição de testemunha – afirmou o empresário, em relação às investigações realizadas pelo Ministério Público de São Paulo.
Globo Esporte