A Polícia Civil apura se a morte de uma adolescente de 15 anos na última quinta-feira (10/8) na cidade de Jardinópolis, no interior de São Paulo, aconteceu após a prática de uma “roleta-russa”.
A hipótese ganhou força depois de a polícia não ter encontrado as balas que o autor do disparo, um adolescente de 16 anos, disse ter retirado da arma. O jovem alegou que esvaziou o revólver calibre 38 antes de puxar o gatilho, mas só foi encontrada a cápsula deflagrada no tambor do revólver.
A “roleta-russa” é uma espécie de jogo em que os participantes colocam apenas um projétil no tambor de um revólver e os participantes apontam para as próprias cabeças ou de outra pessoa, e puxam o gatilho.
A vítima, identificada como Jennifer Laura Rocha, estava com uma amiga e os dois amigos de 16 anos em uma festa numa área rural da cidade conhecida como Residencial Ivone Rassi. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a festa acontecia na casa de um deles. Os dois rapazes afirmaram que a arma, que não tinha registro, estava na casa do pai de deles, que fazia aniversário naquele dia. Mas o pai disse que não sabe de onde o revólver saiu e negou a posse do objeto.
O autor do disparo e o colega que forneceu a arma para ele foram apreendidos e encaminhados para uma unidade da Fundação Casa. Eles disseram à polícia que faziam uma “brincadeira” com a vítima e achavam que a arma estivesse descarregada. Os dois adolescentes vão responder por ato infracional análogo a homicídio doloso, já que teriam assumido intencionalmente o risco de causar a morte da garota.
Eles serão apresentados à Justiça nesta segunda-feira (14/8), que vai julgar se a dupla permanece internada.
Créditos: Metrópoles.