Uma consulta médica pode levar de dias a meses entre a marcação e a ida ao consultório. Ao estar cara a cara com o médico depois de tanto tempo, algumas pessoas podem acabar esquecendo de comentar informações importantes para a formação de diagnósticos, como as queixas sentidas, ou de levar o resultado de exames. Por isso, é importante ir preparado.
Idealmente, uma consulta com um clínico geral tem duração de 30 minutos a uma hora, para que o médico possa fazer uma anamnésia completa, com perguntas sobre o estilo de vida e histórico de saúde.
“Não são só as queixas. O médico tem que fazer perguntas relacionadas ao comportamento, qualidade do sono, função intestinal, estresse, alimentação, prática de atividade física, trabalho, se o paciente é casado ou tem filhos, ciclo menstrual, alergias a medicamentos e histórico familiar de doenças”, explica o médico Marcos Pontes, da Clínica Evoluccy, em Brasília.
Anote os sintomas
De acordo com o médico, todas essas informações são importantes, mas algumas pessoas tendem a ficar ansiosas na primeira consulta com o médico e podem esquecer de comentar pontos essenciais.
Ele indica que os pacientes façam uma listinha com os sintomas vividos nos últimos meses, quando começaram e quais medicações foram tomadas para tentar solucionar o problema, para não deixar passar nada. “Isso ajuda a otimizar a consulta e dar ao médico mais clareza do quadro”, afirma Pontes.
Leve os remédios usados
Também vale a pena levar os nomes de todas as medicações em uso anotadas ou tirar foto delas. O clínico geral também deve perguntar o motivo do uso e alergias a outros remédios.
Leve exames passados
É importante levar exames laboratoriais e de imagem feitos nos últimos seis meses, bem como relatórios de procedimentos ou internações. “Isso tudo é importante para que o médico tenha mais clareza em relação aos sintomas, queixas e tratamento possível”, afirma.
Não minta
Por medo de diagnósticos ou de julgamentos, algumas pessoas podem omitir informações ou até mesmo mentir para o médico. É importante ter em mente que o profissional não está ali para julgar, e sim para ajudar. A falta de informações dificulta o diagnóstico.
“Se o paciente não dá informações sobre um sintoma ou queixa, eu não tenho como saber quais exames prescrever e o diagnóstico fica mais complicado”, considera o clínico.
Metrópoles